@MASTERSTHESIS{ 2019:992439980, title = {As condicionalidades do Banco Interamericano de desenvolvimento e as políticas de educação profissional no Brasil}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4464", abstract = "Este trabalho analisa as condicionalidades econômicas e políticas do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a educação profissional brasileira. O objetivo principal é identificar as vinculações das políticas educacionais do Brasil com as orientações do BID e como essas orientações ou condicionalidades influenciaram a educação profissional do País, no período de 1988 a 2018. A análise engloba desde o contexto histórico do nascimento e expansão do BID como instrumento do mercado e do capital até a formação profissional proposta para a população de egressos dos Institutos Federais (IFs), do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (PRONATEC) e do Ensino Médio após a reforma determinada pela Lei nº 13.415/2017, sob as premissas do desenvolvimento econômico, da qualificação para o trabalho e da empregabilidade. A pesquisa e o estudo de documentos oficiais, publicados no site do Banco e em páginas governamentais, demonstraram que o BID, além de promover o endividamento dos países-mutuários com uma política de juros extorsivos, sempre influenciou as diretrizes educacionais brasileiras, por intermédio das determinações prescritas nos projetos de financiamentos e das orientações determinadas pelas assessorias técnicas, e que, ao aceitar as condicionalidades do Banco, a educação profissional no Brasil passou a servir aos interesses do mercado, formando um exército de reserva e barateando o custo da mão de obra, entre outras consequências. O trabalho de pesquisa constatou que o BID e outros organismos financeiros multilaterais responsabilizam a educação por fracassos econômicos dos países mutuários, como se ela pautasse a economia, mas, durante seus 58 anos de existência, o valor total dos projetos financiados para o setor da educação no Brasil não chega a 10% do orçamento nacional para 2018, o que é irrisório. Outro resultado da pesquisa é a constatação de que tanto o PRONATEC quanto a mencionada reforma do Ensino Médio, de fato, servem apenas para qualificar mão de obra para as demandas do setor produtivo, seguindo a lógica da empregabilidade, sem, contudo, ter a preocupação em ofertar educação voltada para a formação humana. Por fim, verificou que os IFs, apesar de, em certos aspectos, assemelharem-se aos Institutos Técnicos Superiores (ITS) norte-americanos, no geral apresentam grandes diferenças, sendo a maior delas o fato de que os IFs ofertam educação pública gratuita e os ITS cobram anuidades.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }