@MASTERSTHESIS{ 2019:1300444234, title = {Feuerbach e Marx: estranhamento, fetichismo e emancipação humana}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4258", abstract = "O problema do estranhamento e do fetichismo, apresentado por Ludwig Feuerbach em suas obras, em especial, sua Essência do Cristianismo (1841) e Preleções sobre a Essência da Religião (1851), possivelmente, contribuíram, de maneira decisiva, para que Marx pudesse compreender com mais clareza o fenômeno e o caráter fetichista da mercadoria, do dinheiro e da economia política moderna, assim como para a compreensão do capitalismo enquanto um modo de produção baseado no trabalho alienado e que, por isso, possui uma estrutura análoga à religião ou alienação religiosa. Assim, a chamada economia política e os economistas burgueses, de acordo com Marx, nada mais teriam feito do que procurar fundamentar e idealizar uma nova teologia. A religião capitalista, do culto ao dinheiro, tornou-se, no curso da história, mais poderosa que o próprio cristianismo ou qualquer outra religião, reinando de maneira soberana e absoluta sobre a humanidade e a sociedade. Para Marx, ainda, o cristianismo, com seu culto do Deus e do ser abstrato, é a religião mais útil e adequada ao capitalismo, assim como, de certo modo, responsável por preparar o terreno no campo subjetivo e ideológico para a alienação e exploração. Afinal, o Capital, assim como Deus, representa, de acordo com a teoria de Marx, a essência alienada e exteriorizada do homem, sendo que, por meio dela, é dominado e a ela presta culto. O fetichismo religioso ou alienação religiosa, ao transformar a criatura em criador, inverte o mundo e todos os seus valores, transformando as coisas em homens e os homens em coisas, ou seja, inicia um processo de coisificação dos homens e de humanização das coisas. O drama histórico vivido hoje pela humanidade é o drama do fetichismo. Assim como no fetichismo religioso ou idolatria religiosa, o fetichismo capitalista, sustentado e estimulado pela classe dominante, atua enquanto um instrumento de dominação e legitimação de estruturas de opressão e exploração do homem sobre o homem. Do mesmo modo que Feuerbach, Marx também procura denunciar o bloqueio ao progresso, à cultura e à emancipação humana, criado pela alienação e pelo fetichismo ou idolatria religiosa. Tanto para Marx como para Feuerbach, a emancipação humana e, portanto, a superação do fetichismo pela humanidade, deverá passar pela filosofia, assim como, também, necessariamente, pelo proletariado.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }