@MASTERSTHESIS{ 2018:1604972703, title = {Efeitos da exposição materna pré e pós-natal ao glifosato no sistema reprodutor da prole de camundongos machos}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4182", abstract = "O aumento no uso de agrotóxicos em todo mundo, inclusive no Brasil, tem despertado atenção acerca dos efeitos tóxicos da exposição a essas substâncias. Entre os agrotóxicos, destaca-se o uso do herbicida glifosato, princípio ativo mais comercializado em todo mundo. A exposição ao glifosato foi associada ao desenvolvimento de problemas de saúde em humanos e animais, como câncer, malformações ao nascimento, problemas cardiovasculares e reprodutivos, alterações no sistema nervoso central, entre outros. Além disso, estudos recentes têm demonstrado que o glifosato age como desregulador endócrino, devido às suas ações sobre o sistema hormonal. A exposição a desreguladores endócrinos em períodos críticos do desenvolvimento, como o período neonatal, pode levar a programação fetal que predispõe o desenvolvimento de doenças na vida adulta. Assim, o objetivo deste trabalho foi de avaliar os efeitos da exposição materna ao glifosato, durante a prenhez e a lactação, nas mães e no sistema reprodutor da prole masculina na vida adulta. Para tanto, as fêmeas C57Bl6 receberam 0,5% de glifosato (ROUNDUP Original DI®) na água de beber (grupo GF) ou água pura (grupo CTL) durante a prenhez e lactação. A prole masculina foi separada em dois grupos, CTL-F1 e GF-F1, respectivamente, de acordo com a administração ou não de glifosato nas mães. Ambos os grupos receberam água e ração padrão a vontade durante todo o experimento. O peso corporal, os consumos hídrico e alimentar foram avaliados semanalmente e a descida dos testículos foi acompanhada a partir dos 21 dias de vida para avaliação do início da puberdade. Aos 150 dias, os camundongos da prole foram eutanasiados, e o sangue total foi coletado para posterior dosagens plasmáticas. Os órgãos reprodutores foram retirados e pesados. O epidídimo foi utilizado para contagem de espermatozoides. A hipófise foi retirada e utilizada para determinar a expressão proteica de LH. O testículo direito foi fixado em ALFAC e utilizado para as análises histomorfológicas, e o testículo esquerdo foi utilizado para dosagem de testosterona intratesticular. A exposição materna ao glifosato não alterou o peso corporal, o consumo alimentar e hídrico e o peso dos órgãos reprodutores da prole de machos. Todavia, observou-se um atraso no início da puberdade e uma diminuição do número de espermatozoides na cauda do epidídimo no grupo GF-F1, se comparado ao grupo CTL-F1. Embora na análise histológica não foi encontrada nenhuma alteração nos animais do grupo GF-F1, esses animais apresentaram diminuição na altura do epitélio seminífero em relação ao grupo CTL-F1. Quanto às dosagens hormonais, a concentração de testosterona intratesticular foi maior no grupo GF-F1 em relação ao grupo CTL-F1, apesar de a testosterona plasmática ter valores similares em ambos os grupos. O LH foi aumentado tanto no plasma quanto na hipófise do grupo GF-F1, enquanto que o FSH foi similar entre os grupos CTL-F1 e GF-F1. Os resultados sugerem que a exposição materna ao glifosato levou à programação fetal, o que culminou em alterações no sistema reprodutor na vida adulta da prole masculina.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Biociências e Saúde}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }