@MASTERSTHESIS{ 2018:1510164631, title = {Tecendo relações: a feira da agricultura familiar como espaço para além da comercialização de alimentos}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4155", abstract = "Este trabalho tem como objetivo analisar e compreender as relações de sociabilidades existentes entre os atores das feiras da agricultura familiar dos municípios de Marechal Cândido Rondon e Medianeira. Tais municípios estão localizados na região Oeste do Paraná, considerada a maior produtora de soja do Estado. A temática principal da pesquisa se desenvolve em torno das relações entre agricultores-feirantes e consumidores, no que se refere ao processo de comercialização, mas também às diversas outras interações possíveis. Optamos pela pesquisa de cunho essencialmente qualitativo, de abordagem etnográfica, utilizando entrevista semiestruturada, observação, registros fotográficos e o caderno de campo. Através das falas, observamos que os frequentadores das feiras são atraídos não apenas pela opção de alimentos mais saudáveis, frescos e de origem que consideram como sendo confiável, mas também porque o espaço da feira lhes proporciona importantes relações e interações com os agricultores e com outros frequentadores. Trabalhamos os resultados e discussões em três categorias, a saber: agricultura familiar (produtividade, comercialização), ruralidades e segurança alimentar, e sustentabilidade. Sobre essas categorias, é realizada uma breve síntese, mas entrelaçada às falas dos interlocutores, de maneira a promover diálogo com a teoria. Nas falas dos agricultores, ficou claro o significado das feiras, não somente como importante fonte de renda. Elas manifestam também a consciência quanto à sua responsabilidade no que diz respeito à cultura e à segurança alimentar. Fica claro que o ato de “fazer a feira” vem se encaixando na rotina dessas pessoas, pois neste espaço elas resgatam importantes valores, saberes, memórias, percepções que não são suscitadas nas compras realizadas nos grandes supermercados. É importante que as feiras continuem a ter seu espaço de reprodução preservado, sobretudo, em função das transformações sociais nas práticas alimentares no processo de modernidade alimentar. Elas proporcionam relações de sociabilidade e de confiança pouco comuns no processo de comercialização, além disso, garantem considerável autonomia aos agricultores. Nesse contexto, as feiras podem ser consideradas como lugares de resistência e que ainda desempenham admirável papel no abastecimento alimentar da população urbana. Para além disso, facilitam relações de confiabilidade no processo de troca realizado, a ponto de o consumidor se tornar “o freguês”, que difere do comprador esporádico.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }