@MASTERSTHESIS{ 2019:790935697, title = {As concepções político-pedagógicas gramscianas: contribuições para a história da educação}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4148", abstract = "Esta pesquisa tem o objetivo de analisar a história e o desenvolvimento das categorias político-pedagógicas enunciadas nas obras de Gramsci para verificar se Togliatti, responsável pelo arquivo e divulgação do pensamento gramsciano, ao assim fazer, realizou omissões e interferências que pudessem adulterar o pensamento gramsciano. Neste aspecto, a pesquisa prioriza a categoria político-pedagógica, visto que entende ser ela essencial na perspectiva histórica, social e educacional de Gramsci. Por intermédio de uma pesquisa bibliográfica (livros, artigos científicos, depoimentos, correspondências etc.) busca-se verificar a gênese, a produção e a divulgação do pensamento de Gramsci entre as décadas de 1910 e 1960. No caso, considerando o contexto histórico da época (Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria, ascenção e declínio do stalinismo e do fascismo, bem como, as lutas políticas internas no Partido Comunista Italiano (PCI) e na Internacional Comunista), buscou-se compreender a forma de atuação de Togliatti no arquivamento e na forma de publicação da herança cultural de Gramsci, bem como a relação entre ambos. Nas publicações conduzidas por Togliatti (1940-1965) houve uma organização dos Cadernos do Cárcere por assunto, e não pelo período em que foram escritos. Na publicação das Cartas, em 1947, Togliatti excluiu algumas passagens e cartas nas quais Gramsci fazia alusão à ruptura entre ambos e traçava críticas à política stalinista. Os cortes seriam justificados pelo conturbado cenário político nacional e internacional. Todavia, estes serviram, também para evitar outras chaves de leituras e interpretações que não fossem aquelas pretendidas pelo partido. Não obstante, a pequisa compreende que a forma de organização dos Cadernos do Cárcere e a exclusão de maioria das carta, na edição togliattiana de 1947, não significou omisão ou exclusão das categorias político-pedagógicas presente nas obras de Gramsci. Antes da II Guerra Mundial, as categorias político-pedagógicas gramscianas, tais como, hegemonia cultural, bloco histórico, intelectuais orgânico e guerra de posição, não eram aceitas pelo grupo stalinista, pela Internacional Comunista e pelo PCI. Com a queda do nazismo em nível europeu e do fascismo em nível nacional e o cenário da guerra fria entre as dua novas superpotências mundiais, Estados Unidos e União Soviética, as mencionadas categorias político-pedagógicas gramscianas foram não apenas aceitas, mas colocadas em prática pela União Soviética no cenário europeu e pelo PCI na Itália. Os líderes dos partidos comunistas europeus, em modo especial do Partido Comunista Russo (PCR), compreenderam que a divulgação das obras, do pensamento de Gramsci, com suas categorias político-pedagógicas, poderiam servir como instrumentos para a formação e conquista de intelectuais, para a formação e libertação das classes subalternas e para alcançar a hegemonia cultural como condição de possibilidade para a hegemonia (revolução) política.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }