@MASTERSTHESIS{ 2018:1853958726, title = {O Filho Eterno, de Cristovão Tezza: Entrecruzamentos Culturais na Tradução da Língua Portuguesa à Língua Inglesa}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4135", abstract = "A presente dissertação apresenta uma leitura analítica do processo de tradução da obra O Filho Eterno (2007), de Cristovão Tezza, cuja obra em língua inglesa recebe o título de The Eternal Son (2013), na tradução de Alison Entrekin. Para isso, buscamos estabelecer uma perspectiva comparativa entre o Texto Original (TO) e o Texto Traduzido (TT), com a identificação do caminho adotado no processo tradutório. Os Estudos da Tradução, a partir da década de 1980, consolidam-se como uma área de pesquisa autônoma e de produção intelectual, não mais como um desmembramento da Literatura Comparada ou da Linguística. Teóricos da literatura, por muito tempo, pautaram-se, em uma postura defensiva, em questões de fidedignidade entre o TO e o TT. Já a Linguística, pouco explorou os aspectos culturais nas análises tradutórias. O estudo comparado entre O Filho Eterno e The Eternal Son ampliou as possibilidades da análise literária ao permitir refletir sobre a compreensão das linhas de expressão criativas, pautadas na obra pelo duplo, pela autoficção e pelo silêncio. Os interditos e o sentimento de vertigem do original são suprimidos na narrativa traduzida por meio de uma simplificação de recursos criativos, como pontuação, supressão de palavras e inserções explicativas; também, por uma diversificação lexical e semântica do recorrente uso no original da lexia Filho, por vocábulos preferenciais da tradutora como son, child, baby e Felipe, que, no enredo, tornam-se guia no contexto narrativo ao leitor estrangeiro. A simplificação no TT pode ser analisada a partir de quatro momentos da obra: à espera do filho messiânico como um prêmio (son), a não-aceitação da criança com Síndrome de Down (child), a crescente empatia com as sessões de estímulo (baby) e a configuração da identidade de Felipe, com talentos, gostos e características, para além da Síndrome. Todo o processo é perpassado pela construção de um duplo entre pai e filho, estabelecido com flashbacks e reflexões do personagem pai, sob a lente de um narrador onisciente seletivo, que assegura um distanciamento narrativo e o aspecto autoficcional da obra. Sob tal perspectiva narrativa, a linguagem é desafiada à medida que os valores confortáveis da categorização no plano simbólico, como medidas de compreensão, apreensão e valoração do mundo do narrador de O Filho Eterno, culminam em uma experiência de desamparo, do indizível e de um silêncio pleno de significado. Este estudo ancora-se em abordagens teóricas e críticas advindas de Mona Baker (1993, 1995, 1996), Itamar Even-Zohar (1978), Susan Basnnett (2005), Philippe Lejeune, (2008), Diana Klinger (2006), Santiago Kovadloff (2003), Roland Barthes (1977, 2004), entre outros.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }