@MASTERSTHESIS{ 2018:499645430, title = {A reforma psiquiátrica e seus rebatimentos sobre as famílias atendidas nos CAPS I da 20ª Regional de Saúde do Paraná}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4070", abstract = "Atualmente, a assistência em Saúde Mental é o reflexo de inúmeras discussões e mudanças que culminaram no processo da Reforma Psiquiátrica, que visa à substituição gradativa dos Hospitais Psiquiátricos por serviços abertos de base comunitária, dentre eles o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), os quais são considerados um dos principais dispositivos da política de Saúde Mental. A instituição familiar foi historicamente afastada da pessoa com transtorno mental, mas ao longo do processo histórico e das mudanças na Política de Saúde Mental, essa foi tomada como parceira no cuidado. Nesse contexto, os impactos gerados pela necessidade do cuidado familiar do transtorno mental, relaciona-se também à peculiaridade das políticas sociais no Brasil (geralmente, focalistas, precarizadas e assistencialistas) e à Saúde Mental, sendo uma dessas políticas, não escapa à sua lógica. Frente a essa realidade, como os CAPS são atualmente os equipamentos estratégicos da Política de Saúde Mental, os usuários e suas famílias são sujeitos à chaves para se compreender a problemática que se quer pesquisar, a saber: Em que medida a implementação da Reforma Psiquiátrica gera impactos sobre as famílias atendidas nos CAPS I da 20ª Regional de Saúde do Paraná? Quais são esses impactos? Ou que tipo de rebatimentos foram produzidos sobre a família diante da necessidade do cuidado de um membro com transtorno mental posta pela lógica da convivência familiar e comunitária em que se pauta a Reforma Psiquiátrica? Para responder a tais perguntas de pesquisa, esta proposta investigativa realizou-se por meio da abordagem qualitativa, por meio da pesquisa exploratória. Para tanto, realizou-se um estudo empírico com os sujeitos da pesquisa: famílias de pessoas com transtorno mental atendidas nos CAPS I dos municípios da 20ª Regional de Saúde do Paraná (Assis Chateaubriand, Palotina, Guaíra, Marechal Cândido Rondon e Santa Helena). Objetivou-se, com este estudo, apreender, compreender e analisar os rebatimentos/impactos da implementação da Reforma Psiquiátrica sobre as famílias atendidas nos CAPS I da referida Regional de Saúde. Utilizou-se como metodologia a entrevista semiestruturada, os dados coletados foram analisados e interpretados por meio da técnica de análise de conteúdo. Os resultados obtidos revelaram que os CAPS I precisam implementar ações que atendam às famílias como sujeitos que cuidam, mas que também precisam de cuidado. Apesar da insuficiência de atividades direcionadas para a família, os familiares demostram satisfação com o trabalho que o CAPS realiza com as pessoas com transtorno mental. Conclui-se, com base nos dados, que a Reforma Psiquiátrica, na condição de um processo de tensões e contradições, as quais permeiam a própria sociedade capitalista, apresenta suas fragilidades; entretanto, ela não deixa de ser uma proposta importantíssima para a construção de novas formas de cuidado e novas relações entre Família/Usuário/Serviços. Não obstante, apesar dessa importância, ficou latente nos discursos dos familiares/cuidadores a família como agente privado de proteção social, ao assumir funções de proteção que o Estado deveria exercer, evidenciando-se uma família sobrecarregada com as demandas do cuidado. Espera-se que esta pesquisa possibilite reflexões importantes para os profissionais e gestores da Saúde Mental, uma vez que a aproximação com a realidade dos usuários dos CAPS I e seus familiares, levantou-se dados quantitativos e qualitativos relevantes sobre a convivência familiar, dando suporte para novas intervenções.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }