@MASTERSTHESIS{ 2018:742883455, title = {O pensamento político da anarquista Emma Goldman: uma contextualização social.}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4028", abstract = "O cânone da Ciência Política é composto por um grupo homogêneo de homens, europeus, brancos e heterossexuais, alçados à categoria de “clássicos” desta disciplina como se fossem os únicos seres humanos que se interessaram pela reflexão acerca da política. Será que existem mulheres cujo pensamento político poderia ser considerado relevante para a Ciência Política? Emma Goldman, militante e anarquista, publicou diversos textos sobre política, desenvolvendo um pensamento no qual refletiu sobre as relações entre indivíduo, Estado e sociedade. Será que ela produziu um pensamento político consistente acerca de tais questões e mereceria figurar ao lado dos “clássicos” da política? Para responder essa questão, aplicamos o método do “contextualismo social” – desenvolvido pela parceria de Neal Wood e Ellen Meiksins Wood – por dois motivos principais. Primeiro, porque possibilita mostrar que todos os pensadores e teóricos da política eram, também, partidários no conflito social do período em que viveram e escreveram – logo, o fato de Emma Goldman ser abertamente anarquista e feminista não invalida suas chances de ser considerada uma “pensadora” da política. Segundo, porque permite compreender como as ideias de um autor ou autora estão organicamente ligadas ao contexto social em que viveu e escreveu – no caso dos “clássicos” da política, isso mostra que eram também “partidários” engajados no conflito político de seu tempo, mas que isso não invalida sua importância para a compreensão da “política”. No caso de Emma Goldman trata-se de “inserir” suas obras no contexto social em que foram produzidas para analisar em que medida suas reflexões sobre a política – que estão “marcadas” por suas experiências – poderiam constituir um pensamento político que inclui uma reflexão racional e consistente sobre a “política”. Portanto, cabe analisar e discutir “se” além de claramente “partidária” – anarquista e feminista – ela era também foi uma pensadora política. Com esse objetivo, mostramos como ela refletiu sobre conceitos considerados relevantes para a Ciência Política – Estado, Poder, Política e Governo – e também como mostrou que outros temas – amor, casamento, maternidade, aborto e homossexualidade, entre outros – são também “políticos”, pois estão vinculados ao modo como as relações sociais são organizadas e normatizadas, ou seja, como modos de viver e amar que são fruto de “conflito” social e político tornam-se alvo de institucionalização política pelo Estado.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }