@MASTERSTHESIS{ 2018:184105356, title = {Condições ecológicas e predição de áreas adequáveis para ocorrência de Lonomia obliqua Walker 1855 no Brasil}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3961", abstract = "Lonomia obliqua Walker 1855 (Saturniidae: Hemileucinae) é uma espécie de mariposa de interesse sanitário no Brasil. Suas larvas são agentes etiológicos do lonomismo, uma forma de erucismo causado pelo contato dos seres humanos com as estruturas urticantes da espécie. Os sintomas mais preocupantes do lonomismo são os quadros hemorrágicos sistêmicos que podem conduzir a diversos desfechos, inclusive o óbito. As primeiras notificações oficiais de acidentes com a espécie datam do final da década de 80, no estado do Rio Grande do Sul. A partir de então, diversos acidentes têm sido documentados no Brasil, principalmente nas regiões sul e sudeste do país. Com o aumento do número de vítimas, autoridades sanitárias do estado de São Paulo, representadas pelo do Instituto Butantã, desenvolveram um soro antilonômico, o qual é distribuído pelo Ministério da Saúde em localidades com maior prevalência de acidentes. Hipóteses têm sido levantadas sobre a relação entre o crescimento dos casos de lonomismo e a ocupação humana; contudo, pouco se conhece sobre a distribuição espacial e aspectos ecológicos da espécie para possibilitar os testes destas hipóteses. Diante do exposto, o presente estudo objetivou produzir um mapa para a distribuição geográfica potencial de L. obliqua no Brasil, baseando-se na combinação de diferentes algoritmos ENM (Ecological Niche Modeling). Foram utilizados 38 pontos de ocorrência distribuídos pela área geográfica do Brasil e região de Misiones, na Argentina, os quais foram particionados para calibração e avaliação do modelo de distribuição. Foram selecionadas oito variáveis contínuas climáticas e de solo entre 16 previamente cogitadas. Diferentes metodologias ENM foram testadas e confrontados quanto a valores de índice TSS (True Skill Statistic). O mapa-modelo final foi composto por uma combinação de quatro algoritmos (Gower, Mahalanobis, Maxent e SVM), com amostragens de pseudo-ausências fora de um envelope bioclimático e número de pseudo-ausências igual ao de presenças. Esse mapa-modelo foi binarizado a partir do limiar LPT (Lowest Presence Threshold) e recortado somente para o Brasil. Segundo este mapa-modelo, as áreas preditas como adequáveis a L. obliqua estariam restritas as latitudes ~12º e ~32º, e as longitudes ~39º e ~57º. Também foi realizada uma caracterização das variáveis abióticas relacionadas ao nicho da espécie, sendo essas extraídas da área predita como adequada a presença da espécie no mapa-modelo. O percentual de classes de uso da terra também foi extraído, a fim de contribuir com as hipóteses que condicionam o aumento de acidentes em função da ocupação humana. Neste quesito, encontramos grande parte da área predita dentro de classes de solos agrícolas no Brasil, o que nos leva a ratificar as hipóteses atuais. Assim, a perda de habitat da espécie para os empreendimentos agrícolas aumenta o contato humano com a espécie, o que deve aumentar o número de notificações do lonomismo, gerando maior preocupação a nível epidemiológico e de conservação de habitat para essa espécie.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Conservação e Manejo de Recursos Naturais}, note = {Centro de Ciências Biológicas e da Saúde} }