@MASTERSTHESIS{ 2018:182234367, title = {Do espaço: uma interpretação fenomenológico-existencial a partir de Ser e tempo, de Heidegger}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3952", abstract = "Esta dissertação tem por objetivo analisar como a filosofia de Martin Heidegger traz real contributo ao pensamento que considera o espaço a partir de bases fenomenológico-existenciais. Sua obra trava um embate direto com a compreensão tradicional trazida pelas ontologias regionais e ciências empíricas (especialmente, a Geografia que o define por meio de dimensões físicas, pelo modo como é utilizado/ocupado pelo homem que nele habita, atribuindo-lhe usos e valores). Embora ao longo de sua obra o filósofo reconheça a coerência de tais definições, sua contribuição centra-se em mostrar que o espaço deve ser compreendido, primariamente, como uma experiência constitutiva da existência humana em face de sua situação de ser-aí (Dasein). A metodologia adotada baseou-se em pesquisa bibliográfica em Ser e tempo (1927), em comentadores e outros autores, permitindo apresentar as considerações dessa dissertação em duas partes. Na primeira, aparecem importantes conceitos que permitiram situar o estudo proposto em relação a Ser e tempo, compreendendo o projeto heideggeriano e o percurso necessário para que fosse possível recolocar a pergunta pelo ser, ou melhor, pelo sentido do ser que fora trivializado pela tradição, assim como, os subsídios necessários para uma compreensão reapropriada de espaço. Na segunda parte, discutiu-se sobre o modo como o espaço foi tratado à luz das compreensões possibilitadas pela fenomenologia-existencial de Heidegger. Para isso, foi necessária uma reconstrução do conceito de espaço, tratado objetivamente pelas ontologias regionais, especialmente, pela Geografia que o tomou para si ao separar-se da Filosofia no decorrer do século XIX quando se constituiu como ciência autônoma, entretanto, ainda requer auxílio de filósofos para tecer suas bases conceituais, o que justifica a elaboração dessa dissertação na qual foram apresentadas as importantes contribuições de Heidegger. Dentre os resultados obtidos, podemos ressaltar que ser-aí é um projeto aberto cuja única determinação é sua possibilidade de poder ser. O espaço, enquanto espacialidade é um momento constitutivo do ser-aí, sendo experimentado fenomenalmente, se abrindo para as múltiplas possibilidades do existir, ou seja, é o campo de jogo do ser-no-mundo que desde sempre e de forma abrupta é lançado, sem que hajam determinações, mas possibilidades para executar seu projeto existencial e delinear o próprio sentido de sua existência. O espaço é apontado como constitutivo do mundo, entretanto, ser-aí e mundo não podem ser compreendidos como dois entes distintos, como se estivessem um dentro do outro, como é proposto na Geografia, mas, como uma única unidade ontológica que é claramente expressa no termo ser-no-mundo. Concluí-se, portanto, que antes de pensarmos em um espaço meramente utilitário, integrado a uma rede globalizada e/ou configurado pelo capital, é preciso reconhecer que será no espaço vivenciado existencialmente (“vivido”), que o ser-aí se compreende, na cotidianidade mediana “aparece” junto com outros seres-aí e entes intramundanos, estabelecendo determinados comportamentos em relação àqueles que vêm ao seu encontro, apropriando-se ontologicamente do mundo e constituindo novos campos de sentido para seu ser.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }