@PHDTHESIS{ 2018:545113131, title = {Pobreza das mulheres chefes de família da Região Nordeste do Brasil: uma análise multidimensional}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3949", abstract = "A presente pesquisa teve por objetivo analisar o processo de feminização da pobreza na Região Nordeste do Brasil, por meio de uma abordagem multidimensional. Para tal, estimou-se o Índice de Pobreza Multidimensional (MPI) tendo por base os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) relativos ao período de 2004 até 2015. Os resultados da incidência da pobreza (H) evidenciaram que no Brasil a proporção de mulheres chefes de família pobres foi inferior à proporção masculina. Em 2004, o percentual de mulheres pobres que eram chefes de suas famílias era de 55,03%, já no ano de 2015 esse mesmo percentual caiu para 39,31%. A intensidade da pobreza ou pobreza média (A) no ano de 2004 revelou que essas mulheres eram em média privadas em cerca de 20,07% do total de indicadores considerados, o que correspondeu a 7 dos 37 indicadores. Em 2015, essa proporção representou 18,53% dessas mulheres, isto é, elas apresentaram em média privações em aproximadamente 7 dos 37 indicadores. Os resultados da incidência da pobreza ajustada (MPI) apontaram que em 2004 cerca de 11,05% das mulheres brasileiras eram multidimensionalmente pobres, no ano de 2015 o percentual de mulheres nessa condição caiu para 7,28%. Na região Nordeste, diferentemente do observado para as chefes de família do Brasil, foi possível constatar que as mulheres são multidimensionalmente mais pobres do que os homens, o que caracteriza a ocorrência do processo de feminização da pobreza. Também se observou que para as chefes de família da Região Nordeste, as dimensões do acesso ao trabalho, disponibilidade de recursos e consumo de bens se mostraram mais vulneráveis em todos os anos do período analisado. No ano de 2015, aproximadamente 53,34%, 48,04% e 34,52% dessas mulheres eram privadas nessas dimensões, respectivamente. Em comparação aos homens chefes de família da Região Nordeste, as mulheres foram mais privadas nas dimensões referentes à vulnerabilidade familiar e na disponibilidade de recursos até o ano de 2011 e, a partir do ano de 2009, no uso do tempo. Também se observou uma sensível diminuição na pobreza multidimensional para as mulheres chefes de família do Nordeste, cujo MPI para o período de onze anos, fora reduzido em 29,65% enquanto o mesmo indicador para as mulheres chefes de família do Brasil foi reduzido em 34,12%. No entanto, as dimensões relativas ao trabalho e à renda foram as que mais contribuíram para a inserção da mulher nordestina em uma condição de pobreza, e são assim, temas que exigem mais atenção do poder público, pois a distância verificada no percentual de privações observadas nessas dimensões em relação ao Brasil se mostrou significativa.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }