@MASTERSTHESIS{ 2018:1166149268, title = {O caleidoscópio do processo de saúde e doença na percepção de professores do ensino médio dos colégios públicos do município de Cascavel/Pr}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3901", abstract = "Para compreender parte do vasto e do complexo universo da saúde e doença é preciso, antes de tudo, humildade para reconhecer que todo é qualquer estudo sobre essa temática é parcial e provisório. É preciso, no entanto, escolher caminhos e recortes para abordá-lo. Inicialmente, buscou-se contextualizar alguns aspectos do momento histórico, social, econômico, político, ambiental e cultural em que a sociedade se encontra. Essa contextualização é necessária em razão de que saúde e doença não representam a mesma coisa para as pessoas, pois que diversos fatores podem influenciar o imaginário de cada um. E isso vai depender da época, do lugar em a pessoa vive, bem como das suas relações sociais, dos seus valores individuais e coletivos, das concepções cotidianas, científicas, religiosas e filosóficas. Nessa perspectiva, este estudo, por meio da pesquisa de campo, de cunho exploratório e qualitativo, teve o objetivo central de conhecer a percepção dos professores do ensino médio dos colégios públicos do município de Cascavel/PR sobre o processo de saúde e doença no cotidiano do trabalho. Para a coleta de dados foi utilizado um roteiro semiestruturado, aplicado na forma de entrevistas e, posteriormente, os dados obtidos foram agrupados e analisados por meio da Técnica de Análise de Conteúdo. Infere-se que os professores estão expostos a uma sobrecarga de atividades laborais, dupla jornada de trabalho, instabilidade e desvalorização salarial, profissional, social, além de condições insalubres nos locais de trabalho. Constatou-se que 66,7% dos professores entrevistados exercem suas atividades laborais nos períodos da manhã e tarde, e que 53,3% deles arcam com uma carga laboral semanal de 40 horas, o que representa uma jornada de trabalho exaustiva, pois eles exercem outras funções que não estão vinculadas à docência, como donas de casa, pais, mães e cônjuges. Diante desse contexto, os professores adoecem devido uma conjunção de fatores, e consequentemente, tendo que desenvolver as atividades laborais doentes. Tanto assim é que 100% dos entrevistados afirmam que já trabalharam doentes. E dentre os problemas de saúde relatados estão as doenças de ordem musculoesqueléticas, enxaquecas, problemas na voz, infecções das vias aéreas superiores e estresse. Infere-se que as condições de trabalho adversas resultantes da desvalorização profissional, da estrutura física inadequada, do excesso de alunos em sala, da dupla jornada e da sobrecarga de trabalho, entre outros, são causas que levam ao adoecimento dos professores. Diante dessa complexidade, ou seja, desse caleidoscópio do processo de saúde e doença, constatou-se que esse fenômeno extrapola o corpo físico e biológico, afetando sua dimensão mental, social e cultural, perceptíveis em suas relações em sala da de aula e em seu estilo e qualidade de vida. Considera-se que o processo de saúde e doença envolve características objetivas e subjetivas do ser humano. Assim, portanto, ao olhar para esse sujeito é necessário ponderar também o contexto em que está inserido, bem como, seus valores, crenças, sentidos e percepções, para então planejar e promover ações que visem à redução de vulnerabilidades e de riscos à saúde no ambiente de trabalho.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }