@PHDTHESIS{ 2018:342798869, title = {Jogos combinatórios em Julio Cortázar: da arte da memória e do cinema}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3871", abstract = "Esta pesquisa parte do pressuposto de que a Literatura é repleta de memórias. Nesse sentido, analisamos esse aspecto na literatura do escritor argentino Julio Cortázar (1914-1984). As obras estudadas foram: os contos As Babas do Diabo (2012), A Autoestrada do Sul (2011) e Manuscrito encontrado num Bolso (2011). Também abordamos O Jogo da Amarelinha (2014), Prosa do Observatório (2005) e Último Round (2008), além dos textos teórico-críticos do escritor, em especial o mais recente, Aulas de Literatura (2015). Essa análise nos levou a perceber os jogos combinatórios como marca importante em sua narrativa e, assim, nossa atenção se voltou para esses jogos empreendidos pelo escritor. O estudo desse aspecto nos levou ao encontro de uma arte antiga, a Arte da Memória. Nesse contexto, adentramos caminhos diversos como a antiga Ars Combinatória, os conhecimentos da Cabala, do Tarô, da Alquimia e o projeto empreendido por Giulio Camillo no século XVI: o Teatro da Memória. Comparamos esse projeto à literatura de Julio Cortázar, encarada aqui como um Teatro da Memória contemporâneo. O aspecto heterogêneo da obra cortazariana nos levou a caminhos também heterogêneos, trazendo a fotografia e o cinema para nosso trabalho. Escolhemos o cinema para encerrar o estudo, pois essa arte traz em si todos os assuntos que, de alguma forma, comentamos no decorrer dos capítulos. Além de ser uma Arte da Memória, também foi antecipado pela arte combinatória dos séculos passados. A montagem cinematográfica nos remete a essa antiga arte combinatória assim como a noção de perspectiva nos indica que as artes plásticas anteciparam o cinema. Nesse sentido, analisamos a transposição de alguns contos de Julio Cortázar para o cinema, buscando perceber a perspectiva abordada por cada diretor e a forma como cada autor tratou esse aspecto combinatório da obra literária de Cortázar no cinema. Os filmes trabalhados foram: Jogo Subterrâneo (2005) de Roberto Gervitz, Weekend à Francesa (1967) de Jean-Luc Godard e Blow-Up – Depois daquele beijo (1966) de Michelangelo Antonioni. Após essa caminhada, que não ocorreu linearmente, sendo necessários alguns rompimentos, retomadas, desvios e bifurcações, acreditamos ter demonstrado como a Literatura se constrói enquanto uma Arte da Memória contemporânea na obra de Julio Cortázar, uma grande combinatória de sentidos. Para refletir sobre tantas questões heterogêneas nos baseamos em teóricos que tratam da memória como Frances Yates (2007) e Aleida Assmann (2011). Antoine Compagnon (1996) e Tiphaine Samoyault (2008) nos ajudaram a pensar na intertextualidade enquanto memória da literatura. E sobre a arte do cinema Robert Stam (1981; 2008), Susan Sontag (1987, 2009) e Milton José de Almeida (1999; 2005) foram essenciais, entre outros teóricos importantes. Ao final dessa jornada ficou claro que a obra de Julio Cortázar é um gatilho para a memória e a criação. O autor não nos dá nada pronto e por meio de seus jogos combinatórios percebemos o quanto sua literatura é plurissignificativa.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }