@MASTERSTHESIS{ 2018:247012429, title = {A ameaça à saúde da população brasileira pelo uso indiscriminado de agrotóxicos}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3853", abstract = "Com vistas a atingir uma melhor produtividade agrícola, o Brasil se tornou o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. Atualmente, o estado do Paraná ocupa a terceira posição no ranking nacional em utilização de agrotóxicos e dentro dele, o município de Toledo-PR ocupa a mesma posição. Partindo desse contexto, o presente estudo, de caráter quali-quantitativo, objetivou trazer dados efetivos sobre a comercialização e utilização de agrotóxicos no país e fomentar a necessidade de medidas preventivas. A pesquisa foi dividida em duas etapas complementares: na primeira etapa, de cunho bibliográfico, foi investigado o crescimento de comercialização de agrotóxicos na agricultura brasileira, buscando dados na página do IBAMA e do Sistema SIAGRO. Nesta fase, conclui-se, entre outros aspectos, que, nacionalmente, as vendas internas de agrotóxicos foram de 508,6 mil toneladas de ingredientes ativos (IA) em 2014. No entanto, dos 317 ingredientes ativos, somente 76 tiveram seus valores divulgados, os quais correspondem a uma venda total de 453.048,74 toneladas de IA, - quantia que equivale a 89% do total das vendas nacionais de produtos pertencentes a esse grupo. Quanto à comercialização de agrotóxicos no estado do Paraná, constatou-se que no ano de 2014 foram 57.856 toneladas e que, em 2015, este número praticamente duplicou: 102.612 toneladas. Diante destes resultados preocupantes, despontou a segunda etapa como proposta complementar de estudo, realizada com 23 feirantes do município de Toledo-PR, com o intuito de avaliar as práticas destes agricultores em suas lavouras. A coleta dos dados se deu através de entrevistas com questionários estruturados e nesta fase, os resultados evidenciaram que, embora os sujeitos investigados reconheçam que os agrotóxicos sejam muito prejudiciais à saúde, do total de 23 feirantes investigados, 17 declararam utilizar agrotóxicos na agricultura devido à ação rápida destes produtos. Além disso, 3 declararam não utilizar os Equipamentos de Proteção Individual – EPI no manejo dos produtos tóxicos. Dentre os que afirmaram utilizar o material de proteção, 14 o fazem de maneira parcial. Assim, este estudo reafirmou a hipótese de que o uso indiscriminado de agrotóxicos é muito nocivo não somente aos trabalhadores rurais, mas também, a todos os consumidores dos alimentos produzidos e, consequentemente, prejudiciais ao meio ambiente. Em contrapartida, faz-se imperativo apontar o papel do Estado como propositor de ações que combatam os malefícios causados pelo uso indevido de agrotóxicos, principalmente à saúde dos agricultores expostos de forma direta. Evidencia-se a necessidade de uma legislação mais criteriosa a respeito do uso que responsabilize os produtores, comerciantes e fabricantes de agrotóxicos. Para contribuir com essa temática, produziu-se por meio desse estudo, uma Informativa que irá auxiliar os trabalhadores rurais quanto à utilização dos EPIs como forma de proteção para minimizar a exposição durante o manejo do agrotóxico, prevenindo-os de intoxicações. Este material didático será entregue aos produtores na feira investigada e ficará à disposição da comunidade na biblioteca digital da Unioeste, podendo ser utilizado como forma de prevenção em circunstâncias educativas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Rural Sustentável}, note = {Centro de Ciências Agrárias} }