@MASTERSTHESIS{ 2018:1932573107, title = {Agricultura sintrópica: produzindo alimentos na floresta, das raízes do aipim ao dossel das castanheiras}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3838", abstract = "Com a evolução do gênero Homo, tanto intelectualmente quanto fisicamente, viu-se iniciar uma importante fase da história: a revolução agrícola neolítica. O planeta passou a conhecer uma atividade que até então não havia feito parte das relações entre os seres vivos: a agricultura. Com o passar dos séculos a paisagem foi mudando, juntamente com a evolução de técnicas para exercer tal atividade. Os ambientes mais atingidos foram os ecossistemas florestais, pois a introdução do fogo e ferramentas de corte permitiram que a floresta fosse posta abaixo e queimada, para posterior plantio agrícola. O avanço deste manejo, juntamente com o acréscimo contínuo de espécies domesticadas proporcionaram a expansão da agricultura por boa parte do mundo. Em tempos modernos, esta atividade atingiu grandes proporções, influenciada principalmente pela revolução verde, a genética, a química e a biotecnologia, que tornam-se onipresentes nos meios agrícolas. Para tanto, fica evidente a degradação que tal prática ocasiona à vida. Na tentativa de contrapor esta situação a agroecologia tem procurado resgatar e aperfeiçoar práticas mais equilibradas com a dinâmica da natureza. Tratando de uma ciência que envolve muitas áreas do conhecimento, a agroecologia tem por base trabalhar no fluxo da vida e dos processos naturais. Uma atividade que adentra a ciência agroecológica são os sistemas agroflorestais, que em grande parte tem a finalidade de recomposição florestal, produção de alimentos e produtos para uso no cotidiano humano. Porém, num sentido mais profundo de sistema agroflorestal, está a atividade desenvolvida pelo suíço agricultor/pesquisador Ernst Götsch, que com sua teoria e prática vem desenvolvendo, há quase quarenta anos, o trabalho de recuperação florestal e produção de alimentos, chamado de Agricultura Sintrópica. Para tanto, o trabalho objetiva realizar uma análise da Agricultura Sintrópica, considerando seus fundamentos e aplicações empíricas. Para a análise das experiências empíricas foram selecionadas três áreas que seguem o manejo proposto e desenvolvido por Götsch, localizadas no estado da Bahia, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal. Para o cumprimento do referido objetivo, a pesquisa teve diferentes etapas, sendo realizadas pesquisa e leituras de referenciais bibliográficos; entrevistas; visitação às áreas selecionadas, para conhecimento da história e da composição dos sistemas agroflorestais em questão e observação direta; implantação e avaliação de um sistema agroflorestal no município de Sananduva – RS, em propriedade do próprio autor. Os resultados indicam que a Agricultura Sintrópica mostra grande potencial para recuperação florestal, juntamente com a restauração da microfauna, devido à presença constante de matéria orgânica no solo. Destacase a grande produção de alimentos, tanto em quantidade quanto em qualidade. Também, foi constatado o potencial de replicabilidade da Agricultura Sintrópica nas três experiências analisadas, considerando alguns aspectos centrais selecionados. Por se tratar de cultivo baseado nos processos da floresta, um efeito importante está na autonomia que o sistema proporciona ao agricultor.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }