@MASTERSTHESIS{ 2018:1408054780, title = {Parasitos intestinais em crianças de centros municipais de educação infantil de áreas socioeconomicamente desenvolvidas em fronteira brasileira}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3835", abstract = "Foz do Iguaçu, localizada em região de Tríplice Fronteira, possui características resultantes de uma série de transformações que ocorreram principalmente nas décadas de 70 a 90. Transformações essas que afetaram diferentes aspectos da realidade local, como a geração de empregos e o crescimento populacional desenfreado. Devido a isso, muitas mulheres foram inseridas no mercado de trabalho, deixando suas crianças nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Muitas crianças passam boa parte do seu tempo nessas instituições, que têm papel relevante no desenvolvimento intelectual, físico, social e psicológico das crianças. Porém, infelizmente, essas crianças que frequentam os CMEIs estão mais suscetíveis às infecções, devido ao grande contato interpessoal propiciado por esses ambientes coletivos. As parasitoses intestinais são consideradas um grave problema de saúde pública no Brasil, prevalecendo em áreas com condições higiênico-sanitárias precárias e aglomerados humanos. Os parasitos intestinais possuem uma estreita relação com fatores sociodemográficos e ambientais. São capazes de ocasionar diarreia, anemia e desnutrição, comprometendo o desenvolvimento físico e intelectual, principalmente em crianças. Sendo assim, o objetivo desse trabalho foi verificar a frequência de parasitoses intestinais nas crianças de dois Centros Municipais de Educação Infantil do Município de Foz do Iguaçu/PR em áreas socioeconomicamente desenvolvidas, e avaliar os aspectos sócioeconômicos, sanitários e higiênicos das crianças estudadas e de seus responsáveis. Trata-se de uma pesquisa de campo, de abordagem quantitativa. A população do estudo foi constituída de todas as crianças com idade pré-escolar de 3 a 5 anos, matriculadas nos CMEIs A e B, e de seus pais e/ou responsáveis onde se trabalhou com amostragem de conveniência. Foi realizada a coleta de exame parasitológico de fezes e posteriormente processadas no Laboratório Ambiental da Usina Hidrelétrica de Itaipu, utilizando os métodos de sedimentação espontânea de Hoffmann e pelo método de Centrifugação e Flutuação no Sulfato de Zinco (Faust). Além disso, um questionário com 19 perguntas fechadas referentes às condições sócioeconômicas e higiênico-sanitárias foi aplicado aos pais e/ou responsáveis das crianças. Os dados foram analisados pelo programa BioEstat 5.3® e, considerado o nível de significância em 5%. Foram analisadas 96 amostras fecais no período de setembro a novembro de 2016. A prevalência de parasitos intestinais foi de 17,7%, sendo os mais frequentes Endolimax nana (12,5%) e Giardia duodenalis (6,2%), somado a estes um caso de biparasitismo (1,1%), e sem presença de helmintos. Os grupos de crianças mais acometidas foram o sexo masculino (64,7%) e na faixa etária de 5 anos (41,2%). O perfil sócioeconômico revelou que o grau de escolaridade dos pais das crianças parasitadas foi que 35,3% possuiam ensino médio completo (p>0,05), e 35,3% das mães ensino médio incompleto (p>0,05); 35,3% com renda familiar de 2 a 3 salários mínimos (p>0,05); sobre a estrutura residencial, 100,0% (p<0,05) das famílias recebiam água encanada, 58,8% (p<0,05) tratada com cloro, e 76,4% (p<0,05) eliminavam seus dejetos por meio da rede de esgoto; dos hábitos de higiene das crianças, 94,1% (p<,0,05) lavavam as mãos antes de comer e após o uso do vaso sanitário, e 11,7% lavavam as mãos somente com água; quanto a atenção à saúde dessas crianças, 70,6% (p>0,05) já haviam realizado exame parasitológico de fezes, somente 11,7% (p<0,05) das crianças parasitadas tinham dor abdominal, náuseas ou vômito com frequência, 5,8% (p<0,05) tinham perda de peso, 70,6% (p<0,05) tinham as fezes formadas e em 88,2% (p<0,05) já haviam feito uso de antiparasitário. Estas variáveis podem ter influenciado para a baixa frequência de parasitismo. No entanto, o número evidenciado para a baixa frequência de parasitoses foi relacionada às características dos hábitos de higiene pessoal e alimentar dos responsáveis, onde 70,6% (p<0,05) lavavam as mãos após a troca de fralda e lavavam somente com água os alimentos consumidos crus, e 17,6% (p<0,05) assinalaram ter horta em casa. O estudo evidenciou uma baixa prevalência de parasitos intestinais nas crianças devido as condições favoráveis de saneamento encontrada nas moradias. Mesmo que a presença de um parasito não patogênico como o Endolimax nana seja prevalente, sua notificação é importante, já que possui o mesmo mecanismo de transmissão de parasitos patogênicos. Tendo em vista o uso de antiparasitários sem prescrição médica, a orientação da população principalmente em relação ao risco da automedicação e educação sanitária, se faz necessária.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }