@MASTERSTHESIS{ 2015:1940042103, title = {Partição de recursos alimentares entre espécies de Astyanax do baixo Rio Iguaçu, Paraná, Brasil}, year = {2015}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3829", abstract = "As espécies de peixes que coocorrem na mesma área devem ser estudadas, a fim de verificar qual a diferença ecológica que permite essa coexistência. Desse modo, o objetivo desse estudo foi verificar se as espécies de Astyanax do Baixo rio Iguaçu (trecho a jusante do Reservatório de Salto Caxias) pertencem a vários grupos tróficos e consomem proporções de recursos alimentares distintas, permitindo a coexistência. Para isso, foram realizadas coletas mensais no período de Setembro/2013 a Agosto/2014, utilizando redes de espera e pesca elétrica em 25 pontos de amostragem ao longo do rio Iguaçu e tributários. Os itens alimentares consumidos foram agrupados em grandes grupos tróficos e o hábito alimentar de cada espécie foi categorizado a partir do grupo com maior volume. A sobreposição da dieta foi calculada pelo índice de Pianka. Para identificar possíveis diferenças no consumo dos grupos tróficos foi utilizada uma PERMANOVA e o teste de Tukey para identificar quais espécies diferiram na alimentação. O teste SIMPER foi utilizado para determinar qual grupo contribuiu para a diferença de consumo entre as espécies. Também foi feita uma análise nMDS para verificar a existência da influência espacial no consumo de recursos entre os ambientes do rio Iguaçu, ambientes conservados e ambientes não conservados , testado pela PERMANOVA. Foram analisados 873 estômagos de Astyanax e as espécies foram classificadas como algívoras (A. minor e A. dissimilis), algívoro com tendência a herbivoria (A. bifasciatus), frugívoras (A. altiparanae e A. gymnodontus) e insetívoro com tendência a herbivoria (A. gymnogenys). A sobreposição alimentar entre os pares de espécies foi de intermediária a alta. O padrão de sobreposição alimentar diferiu significativamente entre as dietas das espécies de Astyanax (F= 2,97, p < 0,01) e o teste de Tukey mostrou que a dieta de A. altiparanae é diferente das dietas das demais espécies, exceto de A. gymnogenys. A dieta de A. bifasciatus difere da dieta de todas as espécies. Já, a dieta de A. gymnodontus é diferente apenas da dieta de A. minor. O teste SIMPER evidenciou 83,62% de dissimiliridade no consumo dos grupos tróficos, deste o grupo trófico Alga e Vegetal Terrestre e Fruto/Semente foram os que mais contribuíram. A influência espacial avaliada pela análise nMDS recomendou as duas primeiras dimensões (Stress 0,27) para explicar a maior variância espacial (50%) entre os grupos tróficos consumidos. O resultado da PERMANOVA indicou diferenças significantes entre os ambientes (F = 1,55; p < 0,01) e entre as espécies (F = 1,03; p < 0,01). Dessa forma, assumimos que as espécies de Astyanax pertencem a grupos tróficos distintos consumindo proporções variadas de recursos alimentares disponíveis no ambiente aquático, possibilitando a coexistência das espécies de Astyanax no Baixo rio Iguaçu.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Recursos Pesqueiros e Engenharia de Pesca}, note = {Centro de Engenharias e Ciências Exatas} }