@MASTERSTHESIS{ 2018:2057588035, title = {Atenção à saúde bucal de estrangeiros que residem nos países de fronteira com o município de Foz do Iguaçu, Paraná: demanda e impacto financeiro}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3825", abstract = "O processo saúde-doença em regiões de fronteira assume idiossincrasias, e pode apontar fragilidades nos serviços de saúde em geral e em especial os serviços de saúde bucal. As desigualdades sociais têm destaque nestas regiões, principalmente por se tratar de lugares onde existem contradições, sejam elas sociais, culturais, jurídicas ou mesmo políticas. A região de fronteira aponta ainda para um ambiente de fluxos e interações que excedem os limites geográficos e territoriais. Embora a busca das populações de outros países por serviços de saúde seja uma realidade nos municípios de fronteira, observa-se que existem poucos estudos sobre a saúde bucal, no que diz respeito à faixa de fronteira brasileira. O estudo teve como objetivo geral analisar a demanda de estrangeiros e brasileiros residentes em países de fronteira com o município de Foz do Iguaçu-PR, para assistência de odontologia no Sistema Único de Saúde deste município. Trata-se de uma pesquisa descritiva, documental e de abordagem quantitativa. A coleta de dados foi realizada nos meses de maio e junho de 2017, e teve como fonte primária 751 prontuários odontológicos de estrangeiros e brasileiros residentes em países vizinhos atendidos nos serviços de odontologia da Unidade Básica de Saúde Jardim América e Centro Especialidades Odontológicas no período de 2010 a 2015. Foram analisados por meio de estatística descritiva simples. O perfil do usuário foi definido como maioria de sexo feminino 64,85% predominantemente jovem com idade entre 15-19 anos, 12,12% sendo 98,67% brasileiros residentes no Paraguai. Quanto à ocupação, 76,43% dos prontuários não apresentaram essa informação, enquanto que 4,12% são “do lar”, seguido de 2,79% estudantes e 1,06% agricultor. A “queixa principal” não aparece em 74,97% dos prontuários. Entretanto 10,12% buscaram o serviço para consultas e/ou tratamentos, motivados por “dor” 7,72% e “cárie dentária” 2,26%. O tratamento restaurador 51,93% foi o procedimento mais realizado na atenção básica. A endodontia foi a especialidade mais procurada no Centro de Especialidades Odontológicas 47,77% apresentando também o maior percentual de abandono e pendência 56,78%. O Ministério da Saúde repassou R$ 1.532.300,00 para o Centro de Especialidades Odontológicas e foram atendidos 21.691 usuários no período da pesquisa, o que corresponde ao valor per capita R$ 70,64 ou em média R$ 11,77 per capita/ano. Dos 247 usuários encaminhados da Unidade Básica de Saúde Jardim América para as especialidades foi gasto R$17.448,08, o que corresponde a 1,14% do valor total do aporte federal. Barreiras burocráticas e/ou geográficas foram identificadas. A subnotificação de dados foi um dos fatores limitantes da pesquisa. Sugere-se capacitação e sensibilização dos profissionais em relação ao processo de trabalho e alimentação e uso do banco de dados, além de estudos futuros que possam somar a essa pesquisa, ampliando o conhecimento sobre a atenção a saúde bucal na tríplice fronteira. Os resultados deste estudo podem ser úteis para a gestão e, num âmbito maior contribuir para práticas e políticas de saúde bucal.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }