@MASTERSTHESIS{ 2018:235201151, title = {Migração, memória e literatura: lembranças de um barrageiro de Itaipu}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3813", abstract = "A presente pesquisa tem por objetivo geral analisar de que modo a literatura e a memória podem estar relacionadas. Somam-se a esse outros objetivos como: perceber qual é o papel do Estado na construção da memória do Oeste Paranaense, principalmente, no município de Foz do Iguaçu e como o fenômeno migratório, diante da construção das grandes obras arquitetônicas – Ponte da Amizade e Itaipu Binacional, por exemplo – afetou o processo de formação e sedimentação de memórias. Para que esses objetivos fossem alcançados, uma a voz foi especialmente significativa: a de José Alexandre de Oliveira, ou Tio Bahia. A metodologia empregada foi embasado no método qualitativo. Primeiramente, foram realizadas pesquisas bibliográficas a fim de conhecer a memória de Foz do Iguaçu tendo como principal fonte o livro escrito e editado pela administração municipal de 1997: Foz do Iguaçu: retratos, além das contribuições de Luiz Eduardo Pena Catta (2003 e 2009) e Maria Aparecida Bento Ribeiro (2002). Em um segundo momento, foi utilizada a pesquisa de campo, especificamente, a entrevista. A elaboração dos roteiros e análise foram ancorados no método da história oral. O primeiro capítulo revisita a memória de Foz do Iguaçu trazendo consigo as lembranças de antigos moradores da cidade e reafirmando os relatos oficializados acerca da constituição do município. Para o segundo capítulo, a influência do Estado manifesta-se através da construção do monumento Itaipu, cuja obra estabeleceu um marco na memória de Foz do Iguaçu, pois o cenário interiorano anterior à década de 1970 sofreu intensas modificações estruturais e populacionais, no qual o fenômeno migratório impactou diretamente na vida social. Tio Bahia, um desses milhares de migrantes narrou a sua história e um pouco do trabalho na Usina Hidrelétrica de Itaipu. O senhor de 80 anos tornou-se a voz dos escritores marginalizados, e para interpretar essa voz senil a obra Memória e Sociedade: lembranças de velhos, de Ecléa Bosi (1994) foi primordial. No terceiro capítulo, por meio da literatura produzida, Tio Bahia apresenta suas memórias – de migrante e barrageiro – reinventadas em forma de poesia, no qual buscou-se evidenciar que a literatura pode ser uma forte aliada da memória para vivificar as lembranças daqueles que estão à margem da sociedade. O elo entre a literatura marginal, a migração e a memória senil apresenta-se como uma possibilidade de compreensão do que é valorizado enquanto memória e história de Foz do Iguaçu.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }