@MASTERSTHESIS{ 2014:447860575, title = {“O que se ouve”, “o que se diz”, por que se diz? : classe trabalhadora e formação escolar de nível médio}, year = {2014}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3656", abstract = "Este estudo realiza uma análise teórica acerca do conteúdo presente nas principais críticas dirigidas à formação escolar de nível médio, direcionada pela escola pública para os jovens filhos da classe trabalhadora, ou já inseridos no mundo do trabalho. Estas críticas são desferidas pelos mais diversos setores da sociedade, inclusive pela própria classe trabalhadora. Tanto localmente, no município de Toledo-PR, quanto nacionalmente, as narrativas da classe trabalhadora em relação à escola pública e ao Ensino Médio afirmam que esta não tem cumprido com a função social que lhe tem sido atribuída, pois, o currículo escolar que orienta este nível de ensino está fundamentado por conteúdos considerados distante da realidade dos alunos oriundos da classe trabalhadora. Priorizamos em nossa pesquisa apresentar “o que se ouve” em nível nacional acerca da formação escolar de nível médio a partir de pesquisas realizadas pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Centro brasileiro de Análise e Planejamento (CEBRAP) e Fundação Victor Civita (FVC), entendendo que estas representam o pensamento hegemônico acerca da função social que a escola deve exercer na atualidade e, com a qual não pactuamos. Para retratar “o que se diz” no município de Toledo-PR apresentamos as falas da comunidade escolar do Colégio Estadual Senador Attílio Fontana – CESAF, localizado em um bairro operário, no Bairro Vila Pioneiro, nas proximidades da empresa BR FOODS (antiga SADIA S.A.). Este trabalho reconhece a situação atual do Ensino Médio público no Brasil como um reflexo de que o sistema de ensino no país necessita de uma reforma educacional urgente e que este possui problemas, mas procura problematizar a forma como se elaboram estas críticas proferidas pela classe trabalhadora, já que entende haver na fundamentação de suas formulações pressupostos equivocados, na medida em que tomam o que é decorrência por origem, o que compreendemos por meio de uma perspectiva materialista, dialética e histórica de análise, se constituir em uma inversão idealista. O distanciamento vivido pelos indivíduos em relação às leis que regem os objetos na sociedade capitalista permitiu que os trabalhadores abraçassem as propostas educacionais advindas da classe dominante, por isso, enquanto produtos da escola e da sociedade que está posta, exprimem por meio de suas falas, contrariamente ao que imaginam, o quanto a escola, como instituição social é reprodutora das condições sociais nas quais está inserida. Suas narrativas apresentam claramente o fato de que possuem dificuldades em desvelar as conexões causais que conformam a realidade, pois, em sua maioria não possuem conhecimentos que estejam além de sua cotidianidade e que lhes permitiriam reestabelecer uma relação entre sua existência particular e a universalidade do gênero humano. Por isso, suas argumentações espelham as desigualdades não apenas materiais, mas também culturais que balizam os homens em uma sociedade de classes.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }