@MASTERSTHESIS{ 2017:322567515, title = {Prevalência de parasitos intestinais em crianças de idade pré-escolar em centros municipais de educação infantil em região de fronteira - Foz do Iguaçu}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3550", abstract = "Foz do Iguaçu apresenta mais de 81 etnias, associadas a uma ampla diversidade cultural, contribuindo para a divergência de hábitos higiênicos, resultando em precárias condições sanitárias. Como decorrência, o município vem apresentando diversas transformações na área da saúde. Além disso, encontra-se na tríplice fronteira, a cerca de sete km de Ciudad Del Este (Paraguai) e 10 km de Puerto Iguazu (Argentina). Tem como principal base de economia o turismo, devido a Cataratas do Iguaçu, considerada umas das sete maravilhas da natureza e a Usina Hidrelétrica de Itaipu, que fica na divisa do Brasil com o Paraguai. Devido a construção da Usina Hidrelétrica, em apenas 20 anos, Foz do Iguaçu apresentou um crescimento de 383% de habitantes no total da população do município, gerando grande oferta de emprego. Em razão do número cada vez maior de mulheres inseridas no mercado de trabalho, os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) tem sido uma realidade na vida das famílias, por ser este o local onde muitas crianças passam a maior parte do seu tempo. Estas instituições têm um papel importantíssimo no desenvolvimento integral das crianças, principalmente relacionados aos aspectos intelectual, físico, social e psicológico. As crianças que frequentam os CMEIs são mais suscetíveis às infecções do que aquelas que são mantidas em suas residências, o que pode ser explicado pelo grande contato interpessoal propiciado pelos ambientes coletivos. Objetivou-se verificar a prevalência de parasitoses em crianças atendidas em CMEIs de Foz do Iguaçu e analisar a possível relação com o cenário socioeconômico, sanitário e higiênico das crianças, dos pais e ou responsáveis. Trata-se de uma pesquisa de campo, descritiva e de abordagem quantitativa. A população do estudo foi constituída de todas as crianças com idade pré-escolar de 3 a 5 anos, matriculadas nos CMEIs A e B, e dos pais e ou responsáveis onde se trabalhou com amostragem de conveniência. Foi realizada a coleta de exame parasitológico de fezes nas crianças matriculadas nos CMEIs e, posteriormente processadas no Laboratório Ambiental da Usina Hidrelétrica de Itaipu. Além disso, foi aplicado um questionário aos pais ou responsáveis das crianças, contendo 19 questões perguntas fechadas, referentes aos fatores contribuintes para o surgimento de doenças parasitárias. Os dados foram analisados pelo programa BioEstat 5.3® e, considerado o nível de significância em 5%. Foram analisadas 82 amostras fecais no período de fevereiro a junho de 2016, obtendo-se positividade para parasitos em 38,8%, sendo encontrados os seguintes agentes etiológicos: Giardia duodenalis (28,0%), Hymenolepis nana (3,6%), Ascaris lumbricoides (2,4%), Entamoeba coli (2,4%) e Enterobius vermicularis (2,4%). Em relação ao grau de parasitismos, 35,0% das crianças apresentaram monoparasitismo e apenas 4% apresentaram biparasitismo, não havendo casos de poliparasitismo. Os pais e ou responsáveis das crianças parasitadas (32/82), receberam a prescrição medicamentosa de antiparasitário (metronidazol) e o medicamento para o tratamento das crianças. Além disso, receberam orientações no intuito de se prevenir o surgimento de novos casos. O gênero, mais acometido por parasitoses foi o masculino (20/41), seguido do feminino (12/41), (p<0,05) com faixa etária de 3 a 4 anos (84,3%). O perfil socioeconômico revelou que o grau de escolaridade das mães, ensino médio completo (15/29 - p<0,05), e dos pais ensino médio incompleto (13/24 - p>0,05), renda familiar de até um salário mínimo (19/47 – p<0,05), estrutura residencial com água encanada e tratada com cloro (32/80 – p<0,05), eliminação dos dejetos por meio de fossa (12/36 - p<0,05), pode ter influenciado para a incidência média de parasitismo, assim como os aspectos relacionados a higienização das mãos dos responsáveis das crianças após a troca de fraldas (21/47 - p<0,05) e da saúde da criança, realização de exame parasitológico de fezes (19/45), dor abdominal (25/65), náuseas (31/79), vômitos (31/78), perda de peso (28/71) e presença de fezes formadas (17/43) (p<0,05). No entanto, a prevalência de parasitoses foi relacionada à forma de higienização de alimentos (frutas, verduras e legumes), somente com água (23/60 - p<0,05), com as crianças que não tem o hábito de lavar as mãos com uso de sabão antes das refeições e após o uso do sanitário (6/15 – p>0,05). Os resultados apontam uma prevalência importante de parasitoses intestinais em crianças fronteiriças na faixa etária de 3 a 5 anos, principalmente de giardíase. A presença de doenças parasitárias nesta população fornece um perfil epidemiológico que pode auxiliar na construção de políticas públicas de saúde mais adequadas a essa realidade social, de forma a contribuir na melhoria da educação em saúde da população, em especial dos familiares responsáveis das crianças atingidas pelas parasitoses intestinais.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }