@MASTERSTHESIS{ 2017:1192972602, title = {A inserção da mulher europeia na conquista do “Novo Mundo” – perspectivas literárias}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3471", abstract = "Desde o princípio dos registros sobre a colonização das Américas, a mulher foi considerada inferior e submissa ao homem pela visão judaico-cristã e eurofalocêntrica presente no discurso historiográfico que consignou a versão oficial desse passado. Entretanto, ela foi agente fundamental para assegurar a permanência dos colonizadores no território a ser desbravado. Muitos dos “conquistadores” tiveram a presença feminina como âncora para fortalecer sua permanência no “Novo Mundo”. Após o casamento, à mulher cabia cuidar do lar, ser boa esposa e ótima mãe, segundo a ideologia imposta pela Igreja, a qual corroborava a visão patriarcal das metrópoles colonizadoras reinantes na época. A partir dessa conjuntura histórica, a presente pesquisa propõe reflexões e análises acerca do tema da inserção da mulher europeia no “Novo Mundo”. Nosso objetivo é apresentar, por meio da análise das obras Desmundo (1996), de Ana Miranda, e Bride of New France (2013), de Suzanne Desrochers, como cada obra constrói uma representação simbólica desse processo de deslocamento, estranhamento e adaptação a uma nova realidade da mulher branca europeia no início da colonização brasileira, no século XVI, e na canadense, no século XVII, respectivamente, sob a égide do romance histórico. Propomo-nos, também, a analisar se as personagens protagonistas, Oribela do Mendo Curvo e Laure Beauséjour, mantém a instrução recebida pelas instituições que as abrigavam ou se suas concepções se transformam quando passam a viver no “Novo Mundo”; bem como verificar os enfrentamentos dessas visões literárias com o discurso oficial. Nesse intento, buscamos mostrar como as vozes das “órfãs da rainha”, de Portugal, e as “filhas do rei”, da França, refletidas no discurso literário, podem divergir do discurso historiográfico e revelar novas perspectivas desse passado. A pesquisa que realizamos amparou-se na Literatura Comparada. Autores como Afonso Costa (1946), Rodolfo Garcia (1946), Jim Sharpe (1992), Gilmei Francisco Fleck (2007, 2011, 2014, 2017), Aimie K. Runyan (2010), e Marcia A. Zug (2016) são utilizados como aporte teórico para a contextualização histórica dos fatos relidos pela ficção e para estabelecer as especificidades da modalidade do romance histórico na qual as obras do corpus se inserem. Como resultado deste processo de investigação, esta pesquisa lança luz sobre a visão da história a respeito da inserção da mulher branca europeia em nosso continente. Ao colocar em evidência a participação da mulher nesse processo histórico, observamos que as narrativas híbridas de história e ficção reatualizam o tema e apresentam uma releitura crítica dos eventos em relação aos acontecimentos do passado perpetrados pela escrita da historiografia.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }