@MASTERSTHESIS{ 2017:2145718825, title = {Sistemas de controle gerencial como instrumento de poder}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3438", abstract = "O exercício do poder é fundamental para o atingimento dos objetivos organizacionais, visto que a eficiência de cada indivíduo pode ser evidenciada e controlada por meio de padronizações e normatizações relativas aos sistemas de controle gerencial (SCG). Esta pesquisa apresenta um estudo de caso que objetivou compreender como os SCG adotados pela Monte Olimpo se configuram como instrumento de poder, sob a perspectiva bourdiesiana das relações de poder. Como contribuição e inovação teórica, elaboraram-se um modelo empírico que esquematiza o pacote de sistemas de controle gerencial como instrumento de poder simbólico e proposições teóricas acerca da temática investigada. No que tange a base teórica, adotaram-se o poder simbólico de Bourdieu (1989) e a tipologia de Malmi e Brown (2008), a fim de se abordar os elementos sociotécnicos e socioideológicos dos SCG. Considerou-se, neste estudo, o papel ativo dos SCG. Realizou-se pesquisa qualitativa por meio de estudo de caso único, conforme o entendimento de Stake (1995), posicionada no paradigma pós-estruturalista. Para a finalidade da pesquisa, selecionou-se o departamento de controladoria de uma empresa de grande porte (holding familiar) como unidade de análise e os SCG adotados por esta como objeto de pesquisa. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevistas qualitativas e pesquisa documental. Também se utilizaram as codificações aberta, axial e seletiva (Strauss & Corbin, 2008) como procedimentos analíticos e triangulação de dados multicritério. Notou-se, na análise dos SCG, a complementariedade entre os controles culturais, planejamento, controles cibernéticos, remuneração e recompensas e controles administrativos. Quanto aos aspectos que envolvem relações de poder, constatou-se que os SCG estabelecem normas para funcionamento do campo e produzem e reproduzem hierarquias de poder. Essa composição estrutural do campo propicia à empresa e aos membros organizacionais buscarem os recursos de poder de sua preferência. A empresa, em linhas gerais, busca capital econômico, cultural, social e simbólico, e, para tanto, apropria-se do capital cultural de seus funcionários. Os capitais social e simbólico são considerados como os principais recursos de poder pelos membros organizacionais; entretanto, a elevação desses recursos depende do desenvolvimento de capital cultural. Os SCG geram illusio para o comprometimento com o trabalho e em relação às disputas por poder, compreendidas como recompensas pelos sujeitos de pesquisa – recompensas financeiras, não financeiras, prestígio e reconhecimento. A influência e o controle de ações provenientes dos SCG, empregados para garantir compatibilidade entre as estratégias e objetivos organizacionais e ações individuais, estabelecem o habitus, ou seja, as disposições gerais para se agir socialmente, as quais são incorporadas mentalmente por meio do ponto de vista universal para o campo (doxa) e fisicamente por meio de atitudes físicas e modos de falar, pensar e sentir (hexis). Conclui-se que os SCG são definidos principalmente em função dos controles culturais e são instrumentos simbólicos de poder. Além disso, os SCG estabelecem relações de poder que resultam na definição das atuações da empresa perante a sociedade e seus próprios funcionários, no estabelecimento de hierarquias de dominação e influência e controle sobre os membros organizacionais. Por outro lado, o poder também serve como insumo para o estabelecimento e aplicação dos SCG na organização.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Contabilidade}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }