@MASTERSTHESIS{ 2017:513880767, title = {Concepção de cidadania do programa de Educação Cooperativa “A União Faz a Vida” da Fundação Sicredi: adaptação ou emancipação}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3269", abstract = "Esta dissertação analisou a concepção de cidadania que a Fundação SICREDI (FS), fomenta em parcerias com 274 municípios brasileiros através do Programa de Educação Cooperativa “A União Faz a Vida” (PUFV) cujo objetivo é formar cidadãos cooperativos através da metodologia de projetos temáticos. Através de pesquisa bibliográfica, buscamos identificar e avaliar os referenciais teóricos utilizados nas definições do conceito cidadania, seus fundamentos filosóficos e sociológicos, os quais serviram para compreender que o PUFV concilia-se às estratégias da Terceira Via como parte constitutiva das mudanças macrossociais e econômicas. Dessa maneira, o foco da análise é a privatização do setor educacional público e suas implicações, considerando os interesses públicos e privados em uma sociedade de classes que perpassam o Estado e a sociedade civil. O que motivou a problematização foi a tamanha força que assume o conceito cidadania a ponto de servir como elemento de referência para reformas em políticas educacionais e sociais. Analisamos em que medida o PUFV participa da sociedade civil mercantil, concebe a formação dos cidadãos e se materializa no setor público, tendo em vista a expansão da atuação nas redes públicas de ensino em todo o país. Problematizamos as especificidades da concepção de cidadania que incita à cooperação e ao empreendedorismo incididas sobre as demandas do setor produtivo, e que apresentam tipicidades específicas do projeto hegemônico. Notamos que a pedagogia de projetos, ao estimular a autonomia dos estudantes para a resolução de problemas da realidade em que vivem os estudantes, repassa ao indivíduo a responsabilidade de fazer o que seria um direito social deste e consequentemente instiga o autogoverno de si mesmo e a autogestão das misérias locais, por consequência, este modelo de aprendizagem é uma engrenagem que destitui do poder público o papel de garantidor dos direitos universais e incentiva a caridade e o empreendedorismo para a resolução de situações reais das comunidades locais. Entendemos que as implicações da retirada do Estado como executor de políticas sociais universais e o protagonismo do mercado como parâmetro de qualidade para a educação induzem a adaptação da cidadania aos ditames do capital. Ao estimular a cooperação mútua, os conflitos das relações de poder existente são apaziguados pelo estímulo à solidariedade e a responsabilidade social. Evidenciou-se que a interferência na relação entre educação e trabalho para atender as exigências decorrentes da reestruturação produtiva, em termos de qualificação dos recursos humanos, em consequência, impõe demandas que passam a ser atendidas no sistema de ensino. Trabalhamos na hipótese de que o desafio da formação do cidadão exige a superação do referencial hegemônico e promova a emancipação dos cidadãos através da integração entre educação e trabalho.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }