@MASTERSTHESIS{ 2017:1409766009, title = {O adoecimento dos trabalhadores de frigorífico de frangos}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3264", abstract = "A presente dissertação tem por objeto de estudo a relação do processo de trabalho e do adoecimento dos trabalhadores em frigoríficos de frangos no município de Dois Vizinhos – PR. Com referenciais teóricos da teoria social Marx, buscou-se compreender e explicar o trabalho e os processos de trabalho, bem como precisar conceitos, em especial os relacionados à medicina do trabalho e à saúde do trabalhador, o que considerou a passagem histórica pela abordagem da saúde ocupacional. O objetivo geral foi analisar a relação entre trabalho e adoecimento dos trabalhadores afastados na agroindústria de Dois Vizinhos – PR; e os objetivos específicos: identificar o que leva os trabalhadores ao afastamento pelo adoecimento dos seus postos de trabalho na agroindústria de Dois Vizinhos – PR; e identificar e analisar como se realizam as buscas pelo enfrentamento ao adoecimento pelos trabalhadores, como o acesso ao tratamento da doença, a sua aprovação em perícia médica junto à instituição de previdência social e a sua posterior reabilitação ao trabalho. Foram adotados procedimentos metodológicos quantitativos e qualitativos, quando foram realizadas entrevistas com trabalhadoras afastadas de seus locais de trabalho. O critério para a seleção das entrevistadas partiu sem a preocupação com a doença que levou seu afastamento do local de trabalho. Outras entrevistas foram realizadas com dirigentes sindicais e estudiosos do assunto, visando aprofundar aspectos relacionados ao objeto de estudos. Também foram verificadas fontes secundárias de pesquisa para obtenção de dados de instituições do Estado, como o INSS e também para caracterizar a empresa frigorífica. Sangue, fezes, poeira, ambientes com excesso de água e extremamente frios, são características dos ambientes de trabalho nos frigoríficos de frango. Os ambientes de trabalho no frigorífico, que exige o cumprimento de normas fitossanitárias, são fechados, com poucas janelas, refrigeração artificial e manutenção de temperatura ambiente necessária para a satisfação da produção e não dos seres humanos que trabalham. O trabalho na empresa frigorífica organiza-se em turnos de produção (matutino, vespertino e noturno) e as linhas de produção determinam a velocidade, os ritmos dos movimentos e a atenção desprendida pelos trabalhadores. No modo de produção capitalista, o trabalho se distancia de sua perspectiva ontológica, centrando-se em processos que coisificam o ser social na produção de outras mercadorias voltadas a acumulação. Na contemporaneidade, decorrente da flexibilização das formas de produção e dos contratos de trabalho, o ritmo da produção faz aumentar o sofrimento e adoecimento físico e mental dos trabalhadores, o que se faz acompanhado pela perda de direitos trabalhistas e de seguridade social. Confirmou-se o que estudos anteriores fizeram, que as doenças das trabalhadoras, mesmo que individualizadas, relacionam-se diretamente ao processo de produção e de trabalho adotados pelo frigorífico. Foram decifrados mecanismos percorridos por elas, nas conseqüências decorrentes dos processos de afastamento do trabalho pelo adoecimento, como terem a suspensão de benefícios, permanecerem longos períodos sem assalariamento, serem submetidas a exames e buscas de comprovação de nexo causal entre o adoecimento e trabalho por meio de pericias, terem despensas de assistência à saúde.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }