@MASTERSTHESIS{ 2017:857318806, title = {A Reforma psiquiátrica e a inserção da família nos Centros de Atenção Psicossocial da Macrorregional Oeste do Paraná}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3120", abstract = "A Reforma Psiquiátrica brasileira promove mudanças no modelo de atenção aos sujeitos em sofrimento psíquico. Na década de 1930, o modelo hospitalocêntrico era a principal forma de tratamento e, com o advento da Reforma Psiquiátrica, novas possibilidades de cuidado passaram a ser ofertadas pelos serviços extra-hospitalares, dentre eles o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), considerado um dos principais dispositivos da política de Saúde Mental. A partir da transformação no modelo de atenção aos sujeitos em sofrimento psíquico, a família passa a ocupar uma centralidade nas políticas sociais e torna-se ativa frente ao cuidado do sujeito em sofrimento psíquico, resultando na necessidade de reformulação do modelo de atenção ofertado à família. Dessa forma, a incorporação da família tem sido um dos objetivos dos CAPS, no entanto, as políticas de Saúde Mental e demais documentos relativos à mudança de concepção sobre o tratamento da pessoa em sofrimento psíquico não apresentam de que forma esses serviços devem organizar-se e conduzir esse cuidado. Assim, não há documentos oficiais que apontam como os CAPS devem realizar a incorporação da família. Frente a isso, o objetivo principal da pesquisa é compreender como tem sido realizada a inserção das famílias no tratamento dos sujeitos em sofrimento psíquico pelos CAPS da Macrorregional Oeste do Paraná. Para isso, a metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo, por meio de entrevista semiestruturada, possibilitando uma abordagem qualitativa. Essa metodologia de coleta de dados forneceu os elementos necessários para realizar a análise. Para a análise e interpretação do material, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo, que possibilitou a interlocução dos resultados encontrados com a problemática e os objetivos da pesquisa. No decorrer da pesquisa, foram levantadas discussões referentes à relação entre a família, as políticas sociais e o Estado no tocante à proteção social, e também foi realizada uma análise das políticas sociais de Saúde mental, no que se refere ao trabalho com as famílias, em especial nos CAPS. Os resultados obtidos revelam que os CAPS da Macrorregional Oeste do Paraná não apresentam estratégias de inserção familiar que promovam o protagonismo familiar e que levem em conta as particularidades e a complexidade da família. Conclui-se, neste estudo, que os coordenadores dos CAPS estão cientes da importância e da necessidade de implementarem novas formas de abordagens que possibilitem a inserção familiar, no entanto, a pouca clareza em relação aos princípios da Reforma Psiquiátrica, o baixo investimento em ações que promovam o aperfeiçoamento teórico-metodológico dos profissionais sobre a família e a falta de diretrizes que orientem as atribuições dos coordenadores dos CAPS dificultam a estruturação de espaços que consigam organizar e desenvolver um cuidado para sujeito em sofrimento psíquico e seus familiares, e que promovam, de fato, o protagonismo familiar e a busca pela concretização dos reais princípios da Reforma Psiquiátrica.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }