@MASTERSTHESIS{ 2017:1767255723, title = {Autobiografia e memória de Gabriel García Márquez: ficcionalização de si}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3094", abstract = "Os estudos autobiográficos e da escrita de si constituem-se em uma vertente do campo dos estudos da linguagem, da literatura e das artes cada vez mais crescente nas ultimas décadas. Este gênero de escrita permite aos autores refletirem sobre a experiência da escritura, acionarem memórias individuais e coletivas e ao mesmo tempo refletirem sobre a própria obra e sobre a literatura. A literatura latino americana tem sido um campo fértil para pesquisas com este foco, a exemplo da obra de Gabriel Garcia Márquez. A produção deste gênero nos apresenta um contexto literário que abrange ao mesmo tempo uma escrita crítica e uma escrita criativa, nos textos os autores fundem diferentes estilos de escritas deixando aparecer um texto híbrido. Refletindo sobre autobiográficos e da escrita de si, a presente pesquisa explora estes gêneros onde o ficcional e histórico se fundem a exemplo de autobiografia, memória, relatos, reportagens, entrevistas que revelam o sujeito escritor. Tomamos, aqui, a obra de G. G. Márquez com o foco na análise de sua autobiografia Viver Para Contar (2002). Como complemento para nossa análise, no âmbito da escrita ficcional temos as obras A incrível e triste história da Cândida Erêndira e sua avó desalmada (1972), Relato de um Náufrago (1970) e Crônica de uma Morte Anunciada (1981) que contemplam aspectos da autobiografia e da memória coletiva e captam dados da história e do contexto colombiano. O estudo destes textos nos permite verificar como G. G. Márquez reelabora a historicidade de seu tempo nas obras ficcionais. A partir das leituras e análises realizamos uma reflexão sobre a potencialidade da autobiográfica ou escrita de si, em conjunto com os textos ficcionais, para a compreensão do contexto histórico Latino Americano e sobre o papel dos intelectuais que vivenciaram a história das ditaduras latino-americanas e que tiveram que se reinventar e reelaborar estratégias de escrita e expressão do pensamento. Nossa contribuição com a presente pesquisa é que observado o processo de escritura de G. G. Márquez, verificamos que há uma fusão e por que não dizer justaposição entre as categorias autor, personagem e narrador na confluência entre autobiografia, memória e ficção, por isso denominamos de autoescrita, sendo, justamente este modo de narrar bastante expressivo na obra de G. G. Márquez. O tema da presente dissertação se propõe a refletir sobre a relação imbricada entre história e literatura na obra do autor, um tecido que revela diversas camadas do real, do imaginado, da história oficial e da memória pessoal. Intenta-se apresentar o autor não apenas como um construtor da obra literária, mas como construtor de um pensamento crítico articulando obra, vida social e práticas culturais contemporâneas em conjunto com sua escrita híbrida que vai do real, ao imaginário, memorialístico, histórico, critico, entre outros gêneros que se aproximam. Para realizar este estudo refletimos sobre as teorias de construções autobiográficas, partindo das definições de Philippe Lejeune (2008), aprofundando esta base teórica, avançamos para outras abordagens, a exemplo de Paul Ricoeur (2007), Diana Klinger (2012), entre outros. Estas abordagens teóricas iluminam o corpus selecionado para esta pesquisa, a exemplo das escritas de si no processo de reelaboração da memória pessoal e do movimento da história e seu contexto captados.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }