@MASTERSTHESIS{ 2016:2032558001, title = {A concepção de homem em Marx: uma análise dos Manuscritos econômico-filosóficos de 1844.}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3054", abstract = "Esta dissertação tem como objetivo apresentar a concepção de homem em Marx a partir da obra Manuscritos Econômico-Filosóficos de 1844. Para a fundamentação desse propósito, serão abordadas categorias relevantes, tais como: trabalho, propriedade privada, alienação, estranhamento, desestranhamento e emancipação. Buscaremos compreender: 1) como o homem, em meio ao trabalho alienado e estranhado, pode se alçar à qualidade de [homem] emancipado; 2) como a construção teórica de Marx contribui, por meio da proposição do trabalho como categoria fundante do ser social, para que o homem se construa e reconstrua em meio à sociedade capitalista. Inicialmente mostraremos que a estrutura fundante do sistema capitalista está na propriedade privada. O capitalista, ao utilizar-se do trabalho estranhado, potencializa o ganho do capital, faz da divisão social do trabalho um instrumento de acumulação e de exploração do trabalhador que recebe um salário miserável, e sua existência só tem sentido enquanto útil ao capitalista, isto é, ele não existe enquanto homem, mas somente como mercadoria humana. Para maximizar os ganhos do capital, a estrutura capitalista alimenta-se do trabalho do homem que, transformado em mercadoria, é vendido por um salário que garante sua sobrevivência. Desta forma, trabalho e capital se interdependem, o trabalhador objetiva-se no trabalho, sua existência é subjetivada no objeto e a dimensão humana é esvaziada. No segundo capítulo, partiremos do pressuposto de que a sociedade capitalista tem na propriedade privada um modo de produção que se utiliza do trabalho alienado para obter e aumentar seu capital. Assim, o homem pelas condições modernas está numa condição de alienação e gera o estranhamento do homem em relação ao seu produto do trabalho, em sua atividade, em seu ser genérico e em relação aos outros homens. A perda de si, na realização de sua atividade (trabalho) transforma sua vida em mero meio de vida, e o homem à medida que se aliena e se estranha, sua exterioridade se opõe a ele, pois faz parte de um conjunto de coerções sociais; Marx então fundamenta na propriedade privada a causa desse estranhamento do homem. Por fim, iremos discorrer sobre o homem, único ser que pode inscrever na própria natureza o atributo de liberdade como um vir a ser. Marx nos dá indicativos para que, por meio de uma ação prática e real, suprimamos o estranhamento, por meio do desestranhamento ao construir ações emancipatórias. Pela ação revolucionária, a propriedade privada e o trabalho estranhado, que resultam no embrutecimento do homem, constituem esse caminho, além da reflexão sobre a importância da conscientização da classe trabalhadora que pode superar seu estado de estranhamento ao compreender que o mundo é produzido por ela, uma vez que o capitalismo é uma construção histórica. Logo, o homem ao requerer sua emancipação, que não ocorrerá sem uma profunda transformação social, percebe que essa ação revolucionária não é o retorno ao seu estado de natureza, mas sim que a emancipação está conectada à história e visa ao desenvolvimento das capacidades humanas.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }