@MASTERSTHESIS{ 2017:1867039028, title = {Territorialidades da agricultura orgânica e da agroecologia na microrregião de Erechim/RS a partir das ações socioambientais do CAPA e do CETAP}, year = {2017}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3011", abstract = "No Brasil, sobretudo, após a década de 1960, a base técnica e econômica da agricultura transformou-se, atrelada aos preceitos técnicos e científicos da Revolução Verde, a qual estava vinculada à doutrina desenvolvimentista e a um discurso de modernização da agricultura. A Revolução Verde induziu um processo de especialização produtiva e a disseminação do empreendedorismo baseado na economia agroexportadora, além da forte dependência de produtos dominados por grandes complexos agroindustriais, como por exemplo, de maquinários agrícolas e agroquímicos. As relações capitalistas no campo foram intensificadas a partir deste período, levando a diversos impactos sociais e ambientais. Consequentemente, movimentos sociais e organizações populares passaram a questionar e contestar as consequências danosas da modernização da agricultura. Entre estes movimentos, na Microrregião de Erechim, localizada no Norte do estado do Rio Grande do Sul destacam-se duas organizações não–governamentais que atuam desde a década de 1980: o Centro de Apoio e Promoção da Agroecologia (CAPA) e o Centro de Tecnologias Alternativas Populares (CETAP). Na presente dissertação de mestrado objetivamos analisar as ações de apoio à agricultura orgânica e à agroecologia desenvolvidas pelo CAPA e pelo CETAP na Microrregião de Erechim, com ênfase naquelas voltadas à conservação ambiental. Para tanto, os procedimentos metodológicos se basearam em três eixos principais: 1) Revisão bibliográfica, que envolve as questões acerca da natureza, do desenvolvimento, da agricultura orgânica e também da agroecologia; 2) Coleta e sistematização de dados junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a Fundação de Economia e Estatística do Estado do Rio Grande do Sul (FEE), de forma a caracterizar a estrutura fundiária, a dinâmica populacional e, principalmente, dados acerca do uso da terra; 3) Trabalhos de campo e realização de entrevistas junto à funcionários da duas ONGs e em unidades familiares atendidas por elas. As características particulares e a complexidade da realidade fazem com que as ações dessas duas organizações efetivem-se para além dos aspectos ambientais. Ao mesmo tempo em que as ONGs promovem a conservação e preservação do meio ambiente buscando a sustentabilidade dos agroecossistemas, focam também nos aspectos econômicos (comercialização e certificação), culturais (conhecimentos tradicionais) e políticos (falta de assistência técnica e de políticas públicas específicas) que envolvem a temática da agroecologia. O ponto de partida das experiências mais exitosas encontradas em nossa pesquisa foi a partir da prática da agricultura orgânica como uma alternativa de renda. Mas com o passar do tempo, com a transição agroecológica, outras dimensões da vida dos agricultores passaram a serem consideradas, como a saúde, a satisfação, as questões de gênero, o resgate da dimensão cultural, a conservação dos recursos naturais, entre outras, que suscitaram e continuam suscitando o protagonismo e a “r-existência” dos agricultores envolvidos nos projetos das instituições.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centro de Ciências Humanas} }