@MASTERSTHESIS{ 2013:1148014371, title = {As políticas públicas na educação de jovens e adultos a partir do Programa Paraná Alfabetizado (2004-2012)}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2603", abstract = "A presente dissertação analisa de forma sistemática a Educação de Jovens e Adultos EJA, principalmente no aspecto da alfabetização nos Programas Brasil Alfabetizado e Paraná Alfabetizado. As análises buscam identificar esta modalidade de educação nos seus mais variados aspectos: político, pedagógico, psicológico, histórico, curricular, avaliativo, ensino-aprendizagem, teórico e em outras dimensões que a constituem e a impedem de ser superada. Entende-se que os dois programas são políticas educacionais da União e do estado como medida para superar o analfabetismo. Inicialmente são apontados alguns indicadores sociais que demonstram a urgência em se implementar políticas e ações para superar o analfabetismo e dar condições de acesso à educação básica a toda a população excluída da escola. Neste caminho é feita uma retrospectiva histórica da EJA, indicando o seu percurso desde os primeiros debates concretos na década de 1940 até o ano de 2012. Em seguida descrevem-se as principais políticas públicas para atender a alfabetização no período. Esta primeira encerra-se descrevendo como está organizado o Programa Brasil Alfabetizado e suas principais diretrizes e organização. No segundo capítulo analisa como está organizado o Programa Paraná Alfabetizado PPA, compreendendo sua formação, diretrizes e concepções. Junto a esta análise é feita uma abordagem sobre as principais descrições feitas na resposta ao Ofício n° 059/10 Contas de Governo, de 26/04/10, que questiona atividades do PPA. Em seguida é feito um estudo sobre o Relatório Síntese do encontro do Curso de Formação dos Coordenadores do PPA, abordando os principais resultados das discussões promovidas em Faxinal do Céu. Em seguida são averiguadas as concepções que norteiam as Diretrizes Curriculares Estaduais para a EJA no estado do Paraná e como ela organiza o currículo no processo de alfabetização. Na sequência são apresentados os resultados obtidos pelo PPA na cidade de Foz do Iguaçu, demonstrando os avanços e retrocessos do programa. O capítulo é finalizado trazendo as discussões de duas autoras sobre as caracterizações que se dão aos alunos da EJA. Soares, 2001, destaca que a EJA necessita repensar e teorizar algumas temáticas e aponta a necessidade de se estabelecer um perfil mais aprofundado do aluno, a tomada da realidade em que está inserido como ponto de partida das ações pedagógicas; repensar o currículo com metodologias e materiais didáticos adequados às suas necessidades e a formação de professores condizentes com a especificidade da EJA (...) . A autora destaca que ocorrem caracterizações ultrapassadas sobre os alunos, descrevendo-os como o migrante recém chegado às metrópoles, filho de trabalhadores rurais, com pouca escolarização e que busca a escola para mudar seu quadro social. Moura (2006) descreve que esses sujeitos buscam a escola tardiamente e que, apesar de inseridos no mercado de trabalho e aturarem na produção de bens materiais, são excluídos da participação desses bens, são ignorados e marginalizados pela sociedade, tratados de forma bestializada e infantilizada, sofrendo todo tipo de discriminação e preconceito. Schwartz (2010) descreve que existem representações baseadas no senso comum, como as que os consideram incapazes de realizarem algumas tarefas, ou a de que para ser alfabetizador não precisa ser professor, ou a utilização da expressão chaga nacional . Expressões estas que caracterizam o alfabetizando como alguém que não se desenvolveu culturalmente. Esta visão menospreza o conhecimento do sujeito. Questões como Quem são os aprendizes? Como vivem? O que pensam e fazem? Por que resolveram estudar? devem ser uma preocupação dos programas e alfabetizadores da EJA. Schwartz indica que os alfabetizandos devem ser vistos como pessoas inteligentes, com cultura própria, que vivem e trabalham. No ensino e na aprendizagem da leitura e escrita o professor deve considerar a existência de medos e de que forma deve trabalhar para superá-los. Muitos alunos têm uma experiência tradicional de educação e devem ser conduzidos a entender um novo tipo de escola, no qual os seus conhecimentos são considerados, assim pode ele ajudar a construir sua aprendizagem. O professor deve levar o aluno a se ver como sujeito pensante, crítico, valorizando os conhecimentos que traz.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Sociedade, Cultura e Fronteiras}, note = {Centro de Educação, Letras e Saúde} }