@MASTERSTHESIS{ 2010:348434384, title = {Revisitando histórias guardadas no tempo: um olhar bakhtiniano para o gênero discursivo carta de amor.}, year = {2010}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2487", abstract = "Apesar de a carta de amor/pessoal/familiar ser, atualmente, pouco utilizada como forma de interação verbal entre pessoas parentes e/ou amigas que se encontram distantes, tratase de um gênero discursivo que se constitui como um verdadeiro documento, por conter registros históricos, recuperando ideologias constituintes da cultura de épocas passadas, bem como de do estilo das pessoas que dela fizeram parte, pois a linguagem, sendo de cunho eminentemente social, é um gênero responsável por guardar essas características. Partindo dessa premissa, este trabalho foi elaborado com o objetivo de realizar um estudo da linguagem sobre o gênero discursivo carta de amor, compreendendo suas características definidoras, tais como, contexto de produção, conteúdo temático, estrutura composicional e estilo, em consonância com suas condições de produção. Pautados na ordem metodológica para estudos da língua sugerida por Bakhtin/Volochinov (2004), ordem que contempla esses três elementos composicionais dos gêneros discursivos, analisamos quatro cartas de amor escritas nas décadas de 1950 e 1960. Tal abordagem permitiu-nos destacar, além das características estruturais e funcionais do gênero em questão, de aspectos culturais da época em que esses textos foram produzidos e, também, da identidade das pessoas envolvidas na situação enunciativa. Recuperamos, sob tal enfoque, a história de uma paixão quase apagada por um amor não correspondido e pelo tempo que foi capaz de amarelar, mas não destruir, os papéis das cartas que o revelam. Para o desenvolvimento deste estudo, os principais referenciais teóricos foram, além de publicações de Bakhtin (1988, 2000, 2002); Bakhtin/Volochinov (2004) e de seu círculo (Tchougounnikov (2009); Faraco (2009); Zandwais (2009); Miotello (2008), entre outros), trabalhos que versam sobre cultura, identidade, gêneros discursivos e cartas de amor/familiares/pessoais. Concluímos, então, que um estudo aprofundado da língua, contemplando o contexto de produção, o conteúdo temático, a construção composicional e o estilo de um enunciado, permite a compreensão aprofundada de um gênero discursivo. A carta de amor é, pois, um modelo de enunciado que permite uma liberdade de expressão, bem uma variação quanto ao nível de formalidade da linguagem e à organização de seus elementos composicionais. Além disso, a carta de amor, quando levada para a sala de aula, possibilita um estudo da língua de forma contextualizada e significativa, propiciando, ainda, uma discussão linguística e cultural.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }