@PHDTHESIS{ 2014:886091616, title = {Outra mesma imagem de mulher: a representação do feminino na revista Nova}, year = {2014}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2424", abstract = "A presente pesquisa investiga a representação da mulher na revista feminina Nova. Tendo em vista as transformações pelas quais o papel da mulher na sociedade tem passado após marcos históricos significativos como a emergência do feminismo, a inserção da mulher no mercado de trabalho e a liberação sexual, surgem alguns questionamentos relacionados a como a mídia trata o gênero feminino. Diante dessas mudanças, a representação da mulher mudou ou ainda reflete uma representação conservadora e tradicional? A partir de quais formações discursivas e ideológicas emergem as vozes que falam sobre a mulher? Como essa imagem é construída a partir do que se diz (ou se impõe?) sobre ela e como ela deve ser? Esta pesquisa se constitui a partir da busca de responder a essas questões. Para isso, mobiliza-se uma das teorias que observa o discurso a partir de sua articulação com a exterioridade e reconhece que o que é dito revela reflexos de posições sociais construídas a partir do trabalho ideológico: a Análise de Discurso de linha francesa, portanto, é o sustentáculo teórico a partir do qual este trabalho se ampara. Quanto ao corpus da investigação, ele é composto por sequências discursivas da revista feminina Nova, selecionadas entre 1974 e 2013. O extenso período se justifica por se tratar de uma pesquisa de caráter qualitativo, cujo objetivo não é apresentar um levantamento quantitativo de categorias temáticas, mas sim investigar regularidades e movimentos de transformação e deslizamentos no interior da formação discursiva em estudo. A revista Nova, versão nacional da Cosmopolitan, a revista feminina mais vendida no mundo, foi escolhida por pelo menos no seu lançamento, na década de 1970 ser direcionada a uma nova mulher brasileira , cujas preocupações não eram mais relacionadas ao lar, mas à sexualidade e à independência financeira. Ao falar sobre relacionamentos moda, sexo, carreira e celebridades, a publicação não apenas informa, mas, muitas vezes, coloca-se no papel de conselheira , oferecendo direcionamentos sobre como se deve agir e, consequentemente, construindo uma ideia do que é ser mulher. Assim, a partir do que ora se mostra explicitamente, ora se oculta nas entrelinhas da memória e do interdiscurso, representações e valores são construídos, questionados ou ratificados. Como resultado desse processo de investigação, foi possível observar que a permanência é preponderante: embora haja alterações na superfície discursiva, o discurso pouco mudou. Há uma nova roupagem para uma velha imagem, mais bem compreendida quando se identifica a vocação enunciativa da FD em estudo. É o estímulo ao consumo que justifica, em última instância, porque se diz o que se diz.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }