@MASTERSTHESIS{ 2006:1156377719, title = {O estudo de nomes próprios de nipo-brasileiros de Terra Roxa}, year = {2006}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2393", abstract = "O presente estudo constitui-se em uma pesquisa sociolingüística, objetivando compreender a relação intercultural entre japoneses e seus descendentes no Brasil, sistematizando, através da pesquisa de cunho etnográfico junto à comunidade de nipo-brasileiros residentes no município de Terra Roxa, no estado do Paraná, Brasil, a presença da etnia japonesa no Município. O fato lingüístico em estudo são os nomes próprios brasileiros e japoneses de pessoas dentro do espaço enunciativo sociocultural deste grupo étnico. O nome personativo evidencia características próprias em seu desenvolvimento morfossintático e semântico-enunciativo revelando aspectos sociais, culturais e lingüísticos, especialmente para o grupo de nipo-descendentes, pois os nomes destes brasileiros transitam por dois sistemas onomásticos diferentes: o ocidental e o oriental, sendo que o primeiro reflete a adaptação, adequação e/ou aculturamento de aspectos culturais de/no Brasil e o segundo demonstra uma forma de conservar os valores de sua origem étnica. O nome português e o nome japonês não se constituem em tradução ou versão simultâneas. Os primeiros imigrantes japoneses chegaram ao Brasil a partir de 1908. Atualmente, o Brasil possui a maior comunidade de japoneses e nipo-descendentes fora do Japão e, entre os entrevistados, os dois nisseis mais velhos possuem 94 anos e 77 anos. Não vieram diretamente para esta região, mas a presença da etnia japonesa está presente desde a formação do Município, em 1955. No ano de 2008 completar-se-ão 100 anos de imigração japonesa no País, por isso, já não é possível manter a invisibilidade deste grupo étnico e, por outro lado, a tese do conceito de monolingüismo brasileiro já não se sustenta na prática social. Os imigrantes japoneses, ou isseis, vieram em busca de riqueza. Pretendiam voltar ao Japão, mas a Segunda Guerra Mundial afetou suas identidades e decidiram ficar. No Brasil constituíram famílias e nasceram gerações nissei, sansei, yonsei, gosei, respectivamente, segunda, terceira, quarta e quinta. Recebem ainda outras denominações: nipo-brasileiros, etno-brasileiros e nipons, o que evidencia na própria linguagem a separação entre nós e outros , separação tanto por parte dos participantes do grupo étnico, que chamavam aos brasileiros de gaijin, como também pelos considerados brasileiros . Tantos eles , faz inferência a significados de diferença e de estigmatização na formação da identidade de um país que se manifesta discursando como coeso e aberto para a diversidade étnica/cultural. A investigação revela que a primeira geração foi mais conservadora quanto à manutenção da língua, demonstrando estranhamento diante dos nomes brasileiros que lhes eram designados, citando-os como apelidos ; já, a segunda geração buscou no nome brasileiro , através do batistério da igreja Católica, uma forma de fazer parte da cultura do Brasil; entre os representantes da terceira geração, alguns nomes se revelaram híbridos culturalmente, transitando entre a língua japonesa e a língua portuguesa, revelando criatividade e inclusão de valores étnicos e culturais, mas também entre os incluídos na terceira geração, o grupo entrevistado demonstrou em alguns casos apontados dúvida entre como é chamado pelas pessoas da família e como prefere ser conhecido socialmente, revelando uma ambigüidade de identificação.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }