@MASTERSTHESIS{ 2013:491753078, title = {Narrativa e Resistência em Selva Trágica, de Hernâni Donato}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2381", abstract = "A presente pesquisa propõe uma reflexão sobre o tema da narrativa e resistência, problemática representada na obra literária Selva Trágica (2011), de Hernâni Donato. O estudo das relações entre espaço e representação das personagens que, na narrativa de Selva Trágica, vivem conflitos trabalhistas e existenciais em uma região de fronteira (Brasil-Paraguai) torna-se o ponto para onde e de onde convergem as análises e interpretações aqui desenvolvidas. A partir do estudo da narrativa, desvela-se a estrutura interna construída por meio da representação de indivíduos subjugados por uma metrópole econômica exploradora, a saber, a Companhia Mate Laranjeira, empresa argentina de beneficiamento da erva-mate colhida nos ervais brasileiros, elementos externos. Entende-se que a representação do espaço dos ervais, situado na narrativa, em uma localização de fronteira, no qual se apresentam personagens em constantes deslocamentos, seja da ordem do geográfico, identitário, seja da ordem cultural e linguística, motivadas pela mobilidade das frentes de trabalho constitui-se em um elemento estruturante da narrativa. Dessa forma, os aspectos estruturantes a exemplo do espaço e das personagens são estudados a partir dos pressupostos teórico-metodológicos da constituição dialética do texto artístico, tomando como base teórico-analítica, especialmente, os estudos de Antonio Cândido (2010), sobre a relação intrínseca entre os elementos internos e externos no processo de elaboração estética da obra de arte. Já os estudos sobre identidades em trânsito, ou identidades em contexto de fronteira e alteridade se fundamentam nos pressupostos teóricos de Homi K. Bhabha (1998) e Stuart Hall (2009 e 2011). Compreende-se a saga da exploração da erva-mate como uma metáfora da força do poder dominante, pois, por meio de tal exploração, é exercida a opressão sobre o homem, subjugando-o e escravizando-o, no espaço do erval espaço degradado degradando, assim, as personagens. Portanto, em Selva Trágica, constata-se que a resistência consiste em trazer tal situação degradante e opressiva à tona, pela escolha estético-ideológica inerente à construção narrativa do autor, percebe-se que este utiliza de estratégias de linguagem que podem ser aproximadas às concepções acerca da construção romanesca de Adorno (2003), Benjamin (1987), Goldmann (1967) e Santiago (2002), bem como da noção de herói degradado de Lukács (1965). Sendo assim, tal estudo possibilita a reflexão sobre a espacialidade representada, bem como as relações entre espaço, tema, personagens, identidades, resistência e territorialidade na obra Selva Trágica, representativa de um corpus de literatura e fronteiras", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }