@MASTERSTHESIS{ 2013:723878083, title = {O discurso sobre as cotas para negros na revista Veja.}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2348", abstract = "Neste trabalho abordo o discurso a respeito das cotas para negros presente nas páginas da revista Veja. Estabeleci como recorte temporal da pesquisa os anos de 2009 a 2011. A questão central do estudo é traçar como se constitui o discurso do semanário sobre as cotas. Assim, o objetivo geral do trabalho, sustentado nos pressupostos teóricos da Análise do Discurso Francesa, é compreender como se constitui o processo discursivo sobre as cotas para negros no semanário durante o recorte temporal estabelecido, período no qual o tema está em intenso debate no Congresso Nacional e no Supremo Tribunal Federal, tomando também as páginas da imprensa. O trabalho está fundamentado, principalmente, nos estudos de Mariani (1998), Moura (2004), Orlandi (2007a [1999], 2007b [1992]), e Pêcheux (2009 [1988], 2008 [1990]). Através da pesquisa on-line no endereço virtual , foi possível fazer a busca dos textos que abordaram as cotas para negros. A busca dos textos no espaço virtual esteve orientada pelo estabelecimento prévio de palavras-chave: ações afirmativas, políticas afirmativas, cotas, cotas raciais, cotas universitárias, raça, miscigenação, negro, negros, negra, negras, afrodescendente, afrodescendentes, discriminação, preconceito, racismo. As palavras-chave foram pensadas a partir da pré-leitura de matérias da revista nas quais a discussão sobre as cotas ocorria e dos objetivos traçados para a pesquisa: destacar as estratégias utilizadas na constituição discursiva de Veja como forma de organizar e respaldar o seu discurso; refletir as condições de produção que marcam a produção do discurso sobre o tema; perceber que imaginário sobre o negro está presente no discurso da revista ao tratar das cotas; através do destaque das formações discursivas predominantes na análise do corpus, trazer os principais aspectos do processo discursivo sobre as cotas para negros. Para a análise, selecionei sequências discursivas considerando o curso parafrástico, ou seja, o reforço e a sedimentação de determinados efeitos de sentidos sobre o tema nas páginas do semanário. Além disso, selecionei para análise oito cartas de leitores e nove imagens fotográficas. Estruturei as abordagens orientadas por três eixos articulados que compõem o trabalho: o caráter histórico sobre a presença do negro no Brasil e seus desdobramentos; questões teóricas e que envolvem a imprensa; e, por fim, a análise do corpus. Pode-se concluir que, ancorada nos pré-construídos da democracia racial, do mérito individual aliado ao da igualdade jurídica, Veja se opõe às cotas para negros e, para isso, mobiliza o discurso de especialistas e de negros contrários às cotas e o discurso científico, silenciando as reivindicações dos movimentos pró-cotas e apontando para outras alternativas que possibilitem a inserção dos negros que desconsideram as cotas. Produzindo, portanto, os efeitos de sentidos do perigo , do risco , da ingerência política e ideológica do governo federal petista , da racialização do país. Nesse processo, o negro é produzido imaginariamente de maneira dual, bom ou mau, de acordo com as posições discursivas ocupadas pelo periódico.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação "Stricto Sensu" em Letras}, note = {Linguagem e Sociedade} }