@MASTERSTHESIS{ 2012:1104249712, title = {Fenomenologia e ontologia da consciência em Jean-Paul Sartre}, year = {2012}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2128", abstract = "O problema que nos motivou na elaboração desse trabalho foi responder à questão: como ocorre o aparecimento do mundo e como se torna consciente de tal aparecimento? Problema posto por Sartre e que se tornou a máxima do existencialismo onde a existência precede a essência. Intentaremos, no curso de nosso trabalho, apresentar os argumentos utilizados por Sartre que justificam tal afirmação e verificar se, de fato, é possível concordar com uma filosofia existencial nos moldes sartrianos. Para tanto, valer-nos-emos do método fenomenológico, que nos auxiliará na reflexão sobre as estruturas fundamentais do aparecimento mundano, tema central presente na fenomenologia husserliana e alicerce da sartriana. Tal aparecimento revelará a realidade humana como emanada do mais íntimo do ser; essa realidade humana será descrita na filosofia fenomenológica de Sartre como consciência, que se conceitua como intencionalidade. Ser intencionalidade é assumir o constante movimento de transcendência, isto é, de saída de si. Por isso, faz-se necessário que se expulse tudo o que há ou habita a consciência. Tornando a consciência vazia ou translúcida, exige-se que nós compreendamos a consciência. Ser consciente é existir e a questão da existência surge imediatamente com a realidade humana que indaga sobre seu modo de ser no mundo. Abordaremos a problemática existencial da consciência e a necessidade do reconhecimento dessa mesma existência a partir da reflexividade. Desse modo, apresentaremos como a consciência existe imediatamente, isto é, como a consciência aparece intencionada aos objetos do mundo, como se apreende, primeiramente de modo irrefletido como um fenômeno do mundo. Esse fenômeno mundano que revela a consciência e é, ao mesmo tempo, revelado por ela. Assim, os aparecimentos do mundo e da consciência ocorrem de modo simultâneo e interdependente. Essa simultaneidade entre mundo e consciência são polos de um mesmo fenômeno. É o monismo do fenômeno que se constitui dessas duas realidades do ser, ou seja, o objeto aparecido – o Em-si e a consciência – o Para-si – são partes constituintes de uma mesma realidade que não podem ser apreendidas isoladamente. A existência, apesar de única, é paradoxalmente, constituída de duas modalidades de ser. Apesar de ter de reconhecer essas duas modalidades de ser como amalgamadas, só podemos reconhecê-las a partir de um longo percurso argumentativo da reflexão fenomenológica, pois só podemos reconhecer a existência do mundo e da consciência a partir do processo fenomenológico da reflexividade. Em outros termos, só podemos conhecer aquilo que já existe visto que o conhecimento não tem em si a força criadora ou o poder de conferir ser àquilo que ainda não é ou não existe. Assim, o conhecimento ou a reflexão são fundamentais para o desenvolvimento da fenomenologia, embora essa mesma fenomenologia exija o reconhecimento de algo prévio ou imediato que o precede e possibilita sua realização cognitiva.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }