@MASTERSTHESIS{ 2014:1727246756, title = {Ontologia e lógica na filosofia especulativa de Hegel}, year = {2014}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2067", abstract = "Esta dissertação visa expor e discutir a filosofia especulativa de Hegel a partir do problema da oposição entre sujeito e objeto. Tal problema se refere à possibilidade da filosofia ser conhecimento certo e verdadeiro da realidade. A filosofia na modernidade, tal como expõe Hegel, é caracterizada pela questão da possibilidade do conhecimento, isto é, a possibilidade da conformidade perfeita entre a consciência e a coisa, pois somente se a oposição entre sujeito e objeto for dissolvida, a filosofia poderá ser novamente demonstrada como ciência absoluta da realidade. Hegel na sua filosofia especulativa identifica lógica e ontologia, na tarefa de solucionar o dualismo entre pensamento e coisa, dualismo que limitava a possibilidade do conhecimento absoluto da realidade, a saber, conhecimento que se apresenta como síntese silogística entre sujeito, objeto e método. Deste modo, a filosofia especulativa se caracteriza segundo o desdobramento do sistema hegeliano como reunião de lógica e ontologia. Na modernidade, conforme expõe Hegel, a filosofia especulativa foi vista como carente de fundamentação científica. Hegel refere-se a esta perspectiva como o ponto de vista que a metafísica adquiriu nesta época, a saber, de ser especulação ausente de certeza. Contudo, a filosofia especulativa desenvolvida no sistema de Hegel, pretende conferir novamente à filosofia sua significação universal e real, na medida em que ultrapassa e supera a racionalidade subjetiva e a crítica da filosofia moderna sobre a possibilidade do conhecimento. Hegel pretende desenvolver o conceito de lógica para além do formalismo em que esta ciência se encontra. O fundamento para realizar tal propósito reside na construção de um novo conceito de pensamento. Hegel desenvolve o conceito do pensamento para além de sua dimensão unicamente subjetiva, na medida em que demonstra a objetividade do pensamento, no seu projeto da lógica especulativa. Neste sentido, Hegel percebe a necessidade de a lógica objetiva fundamentar-se numa concepção de pensamento que não se oriente por sua determinação formal, isto é, apresentada na forma do eu, da consciência subjetiva. A possibilidade do conhecimento, tarefa que foi assumida pela filosofia especulativa ao tentar progredir a filosofia de sua crise gnosiológica, exige abandonar a forma do Eu como consciência finita e passar ao conteúdo infinito do pensamento. Na filosofia especulativa, Hegel promete levar à forma perfeita a natureza lógica da filosofia, mediante a identidade entre idealidade e realidade, que constitui o problema principal da filosofia hegeliana, na medida em que tal identificação retoma a perplexidade que determina a questão do conhecimento na filosofia moderna: o pensamento e o conceito foram considerados até a filosofia de Hegel como idealizações abstratas, que permaneciam na esfera da representação subjetiva; na filosofia hegeliana o pensar e o conceituar puro pretendem ser análogos ao conhecimento real do mundo. Em sua conclusão, a filosofia de Hegel pretende ser a exposição dialética, portanto do desenvolvimento, vale dizer, do vir-a-ser, da ideia perfeita, a saber, do absoluto.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Mestrado em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }