@MASTERSTHESIS{ 2013:1451056608, title = {O Faktum da razão como argumento crítico na teoria moral de Kant}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2049", abstract = "Esta pesquisa tem como proposta principal analisar a validade do argumento do Faktum da razão como possível fundador da lei moral e da liberdade na filosofia prática kantiana. A fim de explicitar o domínio prático-moral no qual tematizamos o argumento do Faktum da razão, nosso texto demonstrará inicialmente a partir da leitura da Crítica da Razão Pura, os limites da razão teórica mediante os quais, pela distinção dos objetos em geral em fenômeno e númeno, Kant funda tanto o domínio especulativo da razão como também, em seguida, o da razão prática. A determinação dos limites da faculdade do entendimento é decisiva para instituir a tematização do conceito de liberdade como conceito não apenas especulativo (liberdade transcendental), mas também prático da razão (liberdade prática). Unicamente por isso são apresentadas as condições para serem pensados como não contraditórios Natureza e Liberdade. Por meio da compreensão do modo como a razão teórica (Verstand) conhece, e do modo adequado de compreender aquilo que a razão pura (Vernunft) admite em favor do pensamento de ideias que têm relação com o conhecimento (p.e., alma, Deus e liberdade), Kant desenvolveu o projeto da razão transcendental, do ponto de vista sistemático. A presença do argumento do Faktum da razão, de um único fato admitido como presente à razão (Vernunft), contrastou com a teoria moral kantiana, desenvolvida e explicitada até a Fundamentação da Metafísica dos Costumes. O argumento de um Faktum presente à razão, trazido pela Crítica da Razão Prática, provocou uma inquietação na recepção da teoria moral kantiana, dando fôlego a um debate em torno da posse, pela razão, do conceito de liberdade. Esse novo argumento fundamentador foi explicitado por Kant como uma consciência do imediatamente prático, consciência que por si mesma e em si mesma garante a irrefutabilidade da justificação da posse da liberdade, a nosso ver, como o único argumento crítico possível de ser fornecido pela faculdade da razão pura prática. Interpretações e recepções desfavoráveis à estratégia kantiana de fundamentação da liberdade no Faktum da razão são debatidas na presente dissertação. Muitas propostas atuais de neutralizar o aspecto coerente da estratégia kantiana trazida pela Crítica da Razão Prática se mostram apegadas aos movimentos anteriores de prova para demonstrar o conceito de liberdade. Em oposição a essas propostas, que encontram na argumentação kantiana um componente descontrutivo da perspectiva da razão crítico-transcendental ou da sua conformação sistemática, nosso texto estabelece um diálogo visando elucidar as possíveis incongruências argumentativas dessas interpretações, pela tematização da liberdade (transcendental) e da defesa do Faktum, como argumentos compatíveis com a própria perspectiva transcendental da razão, mantidos por isso em conformidade com o projeto da razão de fundar uma Metafísica dos Costumes.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Mestrado em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }