@MASTERSTHESIS{ 2016:1700728792, title = {O protagonismo familiar em um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) do município de Toledo Paraná}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/2002", abstract = "A família, como lugar privilegiado de proteção social, passa cada vez mais a ser tomada como parceira do Estado e foco das políticas sociais. Exige-se, então, que a família cumpra determinadas funções de reprodução, de formação do indivíduo, de proteção e de socialização, mas, para que ela possa ser espaço de proteção ela precisa ser protegida, precisa acessar aos seus direitos. Nesse sentido, apesar de a família exercer sua função protetiva, ela não pode ser um substituto do Estado e nem eximi-lo de suas responsabilidades. É premente discutir o significado da proteção social, contrapondo as responsabilidades familiares às do Estado, ampliando o olhar sobre o lugar que a família ocupa nas mais diversas políticas sociais, dentre elas a de Saúde Mental. Afinal, a instituição familiar foi historicamente afastada do sujeito em sofrimento psíquico, mas ao longo do processo da Reforma Psiquiátrica essa foi tomada como ator fundamental para reinserção social do paciente. Frente às constantes ameaças de retrocesso e a precarização da Política de Saúde Mental na conjuntura neoliberal, somadas ao redirecionamento da política que passa a privilegiar os serviços de base territorial e as várias funções que a família vai assumindo no cuidado com o paciente, objetiva-se, com esse estudo, compreender como se configura o protagonismo familiar em um CAPS do município de Toledo/PR, conforme o preconizado pela Política de Saúde Mental no processo de Reforma Psiquiátrica. Trata-se de uma pesquisa de cunho quantitativo e qualitativo. Utilizando-se como metodologia de coleta de dados a pesquisa documental, a entrevista semiestruturada e as observações dirigidas, foi possível interpretar os dados coletados por meio da técnica de análise de conteúdo. A partir da análise dos resultados, constatou-se que o protagonismo é vivenciado por essas famílias, basicamente, como cuidado do sujeito em sofrimento psíquico. A forma como elas exercem seu protagonismo relaciona-se, intimamente, com o contexto socioeconômico em que estão inseridas, permeado por dificuldades de acesso ao trabalho e à renda, pelo preconceito e pelo estigma social e por sentimentos de culpa e de estresse relacionados ao transtorno mental. Por outro lado, as condições objetivas do CAPS também colocam limites para a oferta de um espaço maior para o apoio familiar, além disso, os espaços ofertados são pouco ocupados pelas famílias. Frente esse contexto, ou as famílias adotam uma postura contrarreformista, situação intimamente relacionada à falta de um suporte mais consistente da rede de atendimento, ou tentam lutar pelos seus direitos por meio da Associação de Pacientes, de Familiares e de Funcionários do CAPS; todavia, a falta de articulação, a pouca clareza em relação à Política de Saúde Mental e aos princípios da Reforma Psiquiátrica e a escassez de apoio político limitam substancialmente as possibilidades de avanço dessa associação. Essa conjuntura, repercute diretamente nas possibilidades de reinserção social do sujeito em sofrimento psíquico e limita a luta política dessas famílias para avanços da Política de Saúde Mental e do Movimento de Reforma Psiquiátrica.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Serviço Social}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }