@MASTERSTHESIS{ 2015:2024033927, title = {Narrativas de colonos e posseiros na luta pela terra: a (re)criação da memória da revolta de Três Barras do Paraná, 1964-2014}, year = {2015}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1711", abstract = "Neste trabalho dissertamos sobre o processo de colonização que envolveu o estado do Paraná, posterior à década de 1930; os conflitos agrários originados dentro desse contexto; o que foi e como se deu a revolta de Três Barras no Paraná em 1964; e sobre quais são suas ligações com os contextos políticos estadual e federal. Para além disso discutimos acerca de noções como a de memória, colonização, ocupação e, também, de colonos, posseiros e grileiros. Tais noções foram discutidas no intuito de embasarmos nossas análises e de melhor compreendermos, ao longo desta dissertação, o processo que envolveu tal conflito, os sujeitos que dele participaram, de pensarmos as experiências que estes vivenciaram e as (re)criações de memórias sobre a revolta de Três Barras. Buscamos pensar também como a revolta de Três Barras é significada nos depoimentos/narrativas presentes no Auto de Ação Criminal 147/64. Problematizamos os interrogatórios apresentados como provas no auto de ação criminal, tanto dos acusados como de testemunhas, compreendendo que estes estão envoltos em outras questões como quem fala, para quem fala, de onde se fala, se há implicações em citar alguns aspectos específicos, entre outros. Para tanto compreendemos que o processo criminal não é somente uma fonte para analisarmos os conflitos agrários, mas ele mesmo se estabelece como uma forma de criminalizar o movimento e ainda, que este não se constitui como uma narrativa do que foi a revolta de Três Barras, mas sim como um suporte de diferentes versões e discursos sobre esse momento histórico. Assim, buscamos pensar como as memórias sobre a revolta de Três Barras são narradas, explicitando como os sujeitos interpretam e atribuem significados a esse conflito social pela posse da terra, o que nos diz muito mais do que simplesmente apresentar versões sobre como a revolta ocorreu. Diz-nos como as memórias desses sujeitos podem ser rearticuladas e (re)criadas, levando em consideração os lugares sociais que estes ocupam no presente. Assim, as narrativas nos possibilitam compreender como os sujeitos se posicionam frente a essas memórias, como as resignificam (re)construindo identidades e atribuindo, por meio de suas experiências, sentidos diversos a esse momento de luta", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em História}, note = {Centro de Ciências Humanas, Educação e Letras} }