@MASTERSTHESIS{ 2010:1972609493, title = {A contemporaneidade da Nova Atlântida (1627) de Francis Bacon (1561-1626): contribuições para a análise da categoria técnica na perspectiva do saber geográfico}, year = {2010}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/1187", abstract = "O conceito de técnica está diretamente relacionado à Geografia na medida em que representa empiricamente as habilidades humanas para organizar, transformar e por vezes superar a natureza. Com isso, com um amplo teor geográfico esteve presente na construção dessa ciência, desde Paul Vidal de La Blache com o seu gênero de vida, passando por Max Sorre, e atualmente reconhecido em Milton Santos, através de sua concepção de espaço. A partir do conceito de meio técnico-científico-informacional fundamentado por Milton Santos, procuramos desconstruir a categoria técnica, investigando na história do pensamento ocidental, as contribuições de diferentes autores para a evolução de tal categoria, de modo a compreendermos o conceito disseminado na Geografia. É a técnica que organiza e cria o espaço geográfico, através da ação do trabalho humano, enquanto categorias indissociáveis no ato de produção da natureza. A partir desse pressuposto, identificamos em Francis Bacon a primeira reflexão filosófica que enfatiza o papel da técnica na transformação da natureza, tal como é compreendido pela Geografia. É importante ressaltar, que no desenvolvimento do humanismo renascentista encontramos as primeiras ideias referentes à compreensão da técnica enquanto importante instrumento para mediar as relações entre o homem e a natureza. Porém, é na filosofia empirista de Francis Bacon que essas ideias, que promovem pela primeira vez a noção de progresso moderna, ganham espaço e toda uma fundamentação científico-metodológica, abrindo as portas do mundo moderno para um saber técnico-científico, com o objetivo maior de dominar a natureza com o objetivo de prestar um bom serviço à humanidade como um todo. A partir da moralidade da religião cristã, Francis Bacon formula um projeto do conhecimento, denominado Instauratio Magna, através do qual pretendia lançar as bases de um novo método de investigação científica, que arrancasse o saber científico da monotonia das teorias escolásticas e de toda a retórica que envolvia a investigação da natureza. A vida atribulada de homem da política foi dividida com o interesse incontestável pela natureza da Ciência Moderna, nos termos de uma verdadeira revolução do método científico. Assim, lançadas as bases do projeto científico moderno, Francis Bacon, deixa sua obra última: Nova Atlântida, apresentando as possibilidades científicas de um Estado organizado pela ciência, através do seu método indutivo. Através da projeção de um espaço utópico, Francis Bacon antecipou-se historicamente, construindo uma fábula moderna, em que antevê as novas espacialidades, as novas relações entre o homem e a natureza; e sem nunca referir-se à Geografia elevou a técnica enquanto possibilidade de transformação do mundo, como um dos principais pilares da construção do espaço geográfico moderno.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Geografia}, note = {Centros de Ciências Humanas} }