@MASTERSTHESIS{ 2016:542035932, title = {Relatos, memórias e narrativas na construção do imaginário do povo Kaingang: as estampas de Joaquim José de Miranda na conquista dos Campos de Guarapuava}, year = {2016}, url = "http://tede.unioeste.br:8080/tede/handle/tede/948", abstract = "RESUMO: Nesta pesquisa, analisamos a representação imagética do povo Kaingang no conjunto de trinta e sete estampas produzidas por Joaquim José de Miranda sobre a décima das expedições destinadas a desbravar os chamados sertões do Tibagi, no Estado do Paraná, expedição esta comandada por Afonso Botelho, no ano de 1771. O povo indígena Kaingang é o terceiro em número de população no Brasil, com 37.470 indivíduos. (IBGE, 2010). Seus integrantes vivem nos três estados da região Sul do país e também no oeste de São Paulo, são falantes da língua Kaingang, a qual se filia à família linguística Jê, do tronco Macro-Jê. Em 1771, Botelho entrou em contato com os Kaingang dos Campos de Guarapuava, duas semanas depois os indígenas prepararam uma emboscada e lograram matar sete soldados de Botelho, o qual não teve outra opção a não ser retirar-se da região. Nesse sentido, refletimos sobre as formas de resistência indígena ante a invasão de seu território, bem como sobre a ideia do vazio demográfico , na qual a existência de grupos indígenas no atual estado do Paraná simplesmente é negada, reproduzindo-se o discurso de que essas terras eram desabitadas, até que os luso-brasileiros ou imigrantes de outros países viessem cultivá-las. Em relação a essa temática, são fundamentais como base teórica os estudos de Mota (1994) e Ribeiro (2002). Ao abordarmos as estampas de Miranda, dialogamos com os trabalhos de Belluzzo e Piccoli (2003), Amoroso (2003) e Sevcenko (2003), além do relatório do próprio Afonso Botelho sobre os acontecimentos da expedição (SAMPAIO E SOUZA, 1956), o qual é crucial para a compreensão dos desenhos de Miranda. Dos estudos fundamentais para a cultura, história e língua Kaingang destacamos os de Ambrosetti (1895), Baldus, (1937), Borba (1908), D‟Angelis (2002), Lima (1842), Mota (2009) e Veiga (2006). Por meio da análise das estampas, podemos dizer que a narrativa imagética de Miranda é um material de grande valor para a história do povo Kaingang, por meio do qual é possível refletir sobre o embate entre os colonizadores e os indígenas nos Campos de Guarapuava, notando-se a inconsistência da tese do vazio demográfico , bem como a resistência Kaingang à invasão de seu território.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Parana}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras - Mestrado Profissional}, note = {Linguagens e Letramentos} }