@MASTERSTHESIS{ 2019:1355781710, title = {Movimento das ocupações escolares: “o fazer político dos jovens secundaristas” no município de Francisco Beltrão-PR}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4847", abstract = "Em 2016 no Paraná, em resposta à Medida Provisória 746 que propôs a reforma do Ensino Médio, os estudantes secundaristas ocuparam as escolas. Foram cerca de 850 estabelecimentos de ensino ocupados neste estado. Este processo de ocupações atingiu outros estados e também universidades. As ocupações das escolas em Francisco Beltrão constituem o objeto deste estudo. A pesquisa, de caráter qualitativo, tem como objetivo analisar o processo de ocupação das escolas estaduais paranaenses ocorridos em 2016, principalmente no município de Francisco Beltrão, de modo a revelar especificamente em que medida a participação dos jovens secundaristas neste Movimento contribuiu para a formação política dos jovens participantes. Possui como objetivos específicos: analisar em que medida as experiências das ocupações das escolas se constituíram como um fazer político da juventude da classe trabalhadora, produzindo um processo autoformativo; historicizar o processo de ocupação dos estudantes em Francisco Beltrão; investigar as principais características presentes na organização dos jovens estudantes, bem como sua relação com as organizações estudantis tradicionais. Para tanto, esta pesquisa utilizou a categoria experiência, do historiador marxista E. P. Thompson, para averiguar a potencialidade formativa das ocupações. Além de pesquisa bibliográfica e análise de materiais produzidos por jornais e sites durante e após os ocupas, realizaram-se 11 entrevistas semiestruturadas com jovens participantes das ocupações em Francisco Beltrão. Iniciou-se o trabalho com o contexto histórico e social das ocupações estudantis, caracterizado pelo avanço das políticas educacionais neoliberais, especialmente a partir da década de 1990. Em seguida, visando analisar o processo das ocupações no Brasil, com base principalmente em Martins (2009), buscou-se definir a categoria ocupação e analisar as ocupações escolares compreendendo-as relacionadas a outros movimentos de ocupação na história dos movimentos estudantis. Desta forma, foram trazidos alguns exemplos de movimentos nos quais as ocupações se constituíram como estratégia de luta para, depois, adentrar-se as ocupações estudantis, especialmente em 2015 e 2016, apresentando suas principais características. Por fim, foi analisada a experiência dos jovens nas ocupações escolares em Francisco Beltrão, no Paraná, revelando o seu percurso neste município: as escolas ocupadas, as formas organizativas dos jovens, a vivência nos Ocupas e seus aprendizados, as tensões e conflitos. Destacou-se o fazer-se dos jovens secundaristas, num processo formativo em que se articularam dimensões políticas, sociais, culturais e pedagógicas e que se constituíram como importante na formação política dos jovens participantes. Nas ocupações ainda revelaram-se o formato autoorganizativo, ensaios da democracia ampliada e o tensionamento da forma escolar vigente. Os secundaristas vivenciaram outras perspectivas coletivas, possibilitando avançar no formato organizativo atual, ainda permitindo modelos contra-hegemônicos de vivência. Bem como tornou-se marco para a reorganização do movimento estudantil na cidade.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Ciências Humanas} }