@PHDTHESIS{ 2019:420833900, title = {Não esqueça o melhor: tema e variações da sinfonia ética em O Princípio Esperança de Ernst Bloch}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4585", abstract = "Ernst Bloch não escreveu trabalhos específicos sobre o tema da ética. Isso, contudo, não significa necessariamente que sua concepção de mundo não tenha motivações éticas fundamentais, ou ainda, que ele não tenha se indagado sobre os melhores mo-dos de agir no mundo. De fato, em parte da literatura dedicada aos estudos sobre o autor, especialmente aquela publicada no Brasil, parece não haver dúvidas de que sua filosofia tem um pressuposto eminentemente ético. Não há, entretanto, uma unanimi-dade quanto ao conteúdo ou significado dessa ética, que ora se assemelha a imperati-vos morais, ora a modos de vida que reivindicam compreensão. Se de fato há uma ética blochiana, como ela se expressa e quais elementos teóricos dão sustentação a ela? Esta tese é um convite para “escutar” O Princípio Esperança, obra magna de Bloch, de modo a não só explicitar a coerência ética representada pela filosofia do au-tor, mas defender que a temática ética expressa o centro tonal de sua polifonia, ainda que muitas vezes esse tema não seja tão evidente quanto outros temas relevantes que perpassam a composição blochiana. Nas páginas que se seguem, teceremos uma sin-fonia da ética blochiana, buscando identificar suas linhas melódicas principais, a inten-sidade de seus movimentos, sua densidade, a harmonia entre suas partes, bem como o ritmo dedicado a cada uma delas. O Princípio Esperança é o “libretto” que guiará nosso percurso. Intercalando sequências de movimentos rápidos e lentos, a sinfonia blochiana, de maneira um tanto inusual, conforme pretendemos demonstrar, divide-se em cinco movimentos, todos eles dedicados, de um modo ou de outro, à uma questão confessa-damente central na obra de Bloch – os sonhos de uma vida melhor, de uma vida digna e sem exploração. As repetições, que não ocorrem casualmente nessa sinfonia, des-pontam sempre em um novo nível, cujo significados se aproximam, mas não são com-pletamente iguais. “Não esqueça o melhor”, mas também “falta alguma coisa” e “demo-ra eternamente, és tão lindo!”, são variações de um mesmo tema ético, cuja intensida-de de execução varia de acordo com seus andamentos – ora um allegro, às vezes um adagio, outras vezes um largo ou, ainda, um andante. Sua dinâmica anuncia um cres-cendo, cujo ápice, entretanto, parece nunca encontrar seu cume, qual seja, a morada por excelência, o lugar de identidade entre ser humano e natureza, a plenificação exis-tencial.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Filosofia}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }