@MASTERSTHESIS{ 2019:924429592, title = {Incidência de dengue em uma região de tríplice fronteira internacional: determinantes sociodemográficos}, year = {2019}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/4521", abstract = "A dengue é uma doença infecciosa de início abrupto e classificada como doença sindrômica que se espalhou através de surtos intermitentes que ocorrem a cada 3 a 5 anos Região das Américas. A fronteira trinacional do Brasil, Paraguai e Argentina distingue-se por presença de população flutuante e regiões caracterizadas por desigualdades sociais, que podem influenciar sua taxa de incidência de dengue. Métodos: Trata-se de um estudo ecológico analítico utilizando abordagens de análise espacial. Os dados de casos de dengue registrados no período de 2012 a 2017, na Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) foram obtidos no Setor de Vigilância Epidemiológica e no Centro de Controle de Zoonoses do município de Foz do Iguaçu - PR. A informação demográfica foi obtida do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Moran Univariada global e análise local (LISA), assim como regressão clássica (OLS) e análise espacial multivariada (atraso espacial e erro espacial) foram realizados usando o programa GeoDa 1.6.7. Resultados: Um total de 14.607 casos de dengue foi confirmado, principalmente em mulheres e faixa etária de 10 a 29 anos. Autocorrelação espacial univariada positiva de Moran foi encontrado (I= 0.173 e p=0.001), envolvendo os anos epidemiológicos, mas não os anos não epidemiológicos, indicando a presença de clusters de setores censitários de acordo com taxas de incidência de dengue durante os anos epidêmicos da dengue. Epidemias da dengue ocorreram em 2013, 2015 e 2016, e 98% dos setores censitários do município apresentaram altas taxas de incidência (>300 casos / 100 mil habitantes). Agrupamentos do tipo Alto-Alto de setores censitários, considerando a taxa de incidência da dengue, foram identificados principalmente nas regiões de fronteiras próximas a Paraguai (Ciudad del Este) e Argentina (Puerto Iguazú). Na regressão linear, as variáveis sociodemográficas que se correlacionaram positiva e significativamente com as altas taxas de incidência de dengue foram: 0,5 a 1 salário mínimo (SM) renda per capita e 7 a 9 pessoas por residência, indicando relação com as desigualdades sociais. O modelo multivariado Spatial Error apresentou melhores parâmetros (R² = 0.332, AIC = 5.615,36) que os modelos OLS e Spatial Lag e mostrou que as variáveis '7 a 9 pessoas por residência' e '0,5 a 1 SM per capita', '1 a 3 SM per capita' e '> 5 SM per capita' se correlacionaram de forma significativa e positiva com a dengue taxas de incidência nos setores censitários. Conclusão: Portanto, o município apresenta altas taxas de incidência da doença durante os anos epidêmicos, e suas distribuições apresentaram dependência espacial, determinada por variáveis sociodemográficas, principalmente aglomerações populacionais e renda per capita. Agrupamentos de setores censitários localizados em divisas internacionais próximas a Paraguai (Ciudad del Este) e Argentina (Puerto Iguazú) apresentaram padrão tipo Alto-Alto espacial, considerando a dengue taxas de incidência, indicando que as políticas públicas de saúde preventiva devem envolver os governos países envolvidos.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Saúde Pública em Região de Fronteira}, note = {Centro de Educação Letras e Saúde} }