@MASTERSTHESIS{ 2018:1043175125, title = {A elasticidade de substituição de Morishima aplicadas aos recursos fósseis da matriz de energia primária}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3983", abstract = "A matriz mundial de energia primária é composta predominantemente por recursos não renováveis e cujo consumo contribui para a intensificação do efeito estufa. O consumo do petróleo e do carvão, combustíveis que supriram mais de 60% da demanda total de energia entre 1970 e 2015, é mais intensivo na geração de poluentes do que o consumo do gás natural. Além disso, alguns autores datam para próximo de 2050 a impossibilidade de sustentar a demanda de petróleo, pelo esgotamento técnico e econômico das reservas do tipo convencional. A tecnologia vem dando flexibilidade para que haja a substituição dentre os combustíveis fósseis, em várias aplicações. Isso gera a oportunidade de aumentar o consumo do menos poluidor, o gás natural, em substituição aos outros dois. O gás natural também possui reservas relativamente maiores do que as do petróleo, o que permite a ele aliviar parte da pressão colocada sobre este último. Por estas perspectivas, aumentar a participação do gás natural contribui para a mitigação da externalidade ambiental e reduz a magnitude de uma possível crise causada por um choque de oferta. O objetivo geral desta dissertação é responder se há uma relação de substituição entre o gás natural e os outros combustíveis fósseis na demanda de energia primária, pela Elasticidade de Substituição de Morishima, no período entre 1970 e 2015. O modelo partiu de uma função de custos do tipo Translog para chegar às equações de demanda condicionada de cada combustível e às equações de participação de custo, aplicando o lema de Shepard. Os parâmetros da regressão econométrica foram estimados pelo método Seemingly Unrelated Regressions e usados para os cálculos das elasticidades da demanda aos preços, de substituição de Allen e de substituição de Morishima. O modelo foi aplicado aos Estados Unidos, dada a significância deste país no contexto mundial de energia. Os resultados mostraram que uma única conclusão para todo o período é estatisticamente insignificante. Com base nas elasticidades aos próprios preços, foi possível identificar três quebras estruturais, estatisticamente significativas, dividindo o período em quatro intervalos. No intervalo 1970-1981, o gás natural se mostrou complementar ao petróleo e, estes dois, substitutos ao carvão. Nos intervalos 1982-1995 e 1996-2008 foi identificada uma relação de substituibilidade entre o gás natural e o petróleo, apesar de limitada. No mais recente, todos os combustíveis tiveram relações de complementariedade. Aliando estas às interpretações das elasticidades-preço, concluiu-se que fatores externos ao mercado, como interferências de governo, foram mais determinantes para as decisões de demanda. Não ter sido possível encontrar uma relação de substituição entre o gás natural e os outros dois fósseis, de forma contínua e consistente, deixa o alerta de que as preocupações levantadas podem estar sendo negligenciadas e que a transição de uma matriz predominantemente suja e finita para outra mais limpa e renovável, mediada pelo gás natural, não está em curso na maior economia do mundo.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Economia}, note = {Centro de Ciências Sociais Aplicadas} }