@MASTERSTHESIS{ 2018:1559349191, title = {Um estudo do perfil dos menores internados na ala de desintoxicação do Hospital Universitário do Oeste do Paraná - HOOP - e das políticas públicas relacionadas ao tema}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3728", abstract = "Introdução: Esta pesquisa tem como objetivo a análise do perfil das crianças e adolescentes em condição de internação no programa de desintoxicação, oferecido pelo Hospital Universitário do Oeste do Paraná (HUOP). Metodologia: O estudo consiste em uma pesquisa qualitativa e quantitativa, de caráter exploratório-descritivo. Como suporte para a análise, o estudo trata não só da discussão bibliográfica sobre crianças e adolescentes em situação de uso de substâncias psicoativas, como também da normatização jurídica, prevista pelo Estatuto da Criança e Adolescente, e das diretrizes do SUS e do Ministério da Saúde. O presente estudo, também, adotou a análise documental para resgatar a história da implantação do Programa de Desintoxicação do HUOP e suas atividades. Para efetuar análises estatísticas sobre os usuários do programa, a pesquisa utilizou uma amostra de 400 prontuários físicos, contendo informações referentes aos pacientes. Todas as informações contidas nos prontuários físicos são coletadas no dia do internamento do paciente, pela assistente social de plantão do HUOP, e todas as perguntas são respondidas pelo próprio paciente e seu responsável. Os prontuários escolhidos são do período de 2007 a 2016, e esse período foi escolhido pelo fato de a Ala de Desintoxicação ter seu início de funcionamento em março de 2007. As variáveis estudadas foram idade, sexo, escolaridade, evasão escolar, renda familiar, experimentação, ordem cronológica de consumo de substâncias psicoativas, primeira substância, substâncias de maior uso, modo de obtenção da substância, ocupação, participação de programas sociais, composição familiar, ordem de nascimento, membro familiar com dependência, condições das moradias, procedência, bem como envolvimento em atos infracionais, cumprimento em medidas socioeducativas, comportamento sexual, pacientes que já engravidaram. Resultados: A maioria era do sexo masculino, com um percentual de 76,5%, enquanto o sexo feminino era de 23,5%. A média de idade dos pacientes variou entre oito e 17 anos, sendo que a maior faixa etária é dos 15 aos 17 anos, concentrando-se na faixa etária dos 15 anos. Quanto ao grau de escolaridade, observouse que os usuários apresentavam algum grau de atraso escolar, 89,9% dos usuários possuíam o ensino fundamental incompleto e 9% tinham o ensino médio incompleto, e no dia do internamento mais de 60% estavam fora da escola. A renda média dos familiares da população estudada é de um a dois salários mínimos. Quanto às características do uso das substâncias psicoativas, constatou-se que muitos iniciaram o uso destas, tanto lícitas como ilícitas, por influência de amigos, irmãos, parentes e até mesmo dos pais. O maior motivo que levou à experimentação das substâncias psicoativas foi a curiosidade. E, como a primeira substância psicoativa mais consumida foi o álcool, com quase 50% seguido pelo tabaco, evoluído para a segunda, que foi a maconha. Todos, antes do internamento, faziam uso de mais de um tipo de substância, só que a mais consumida era a maconha, com 59,2%, seguida pelo crack. Há também o uso de substâncias psicoativas entre os pais, chegando a 70,4%. O uso dessas substâncias pelos pacientes estava associado ao envolvimento com atividades ilegais para consegui-las, chegando a 92%. Havia o envolvimento em roubo, prostituição e, sobretudo, a adesão ao tráfico de substâncias psicoativas ilícitas. E 18,2% cumpriram medidas socioeducativas, 17,5% estavam em cumprimento de medida de prestação de serviço, 11,0%, em liberdade assistida, 2,6% estavam em cumprimento de medidas com privação da liberdade. Com relação à família, observa-se que 70,5% fazem parte de um núcleo familiar parental/monoparental. E o número de irmãos é pequeno, de dois a três filhos. O relacionamento dos pacientes com a família é uma relação ruim ou conflituosa com algum membro, sendo o pai com quem ocorrem os maiores conflitos. A maior modalidade de internação foi a involuntária, em que são trazidos pelos pais ou responsável, seguida pela compulsória. E 63,9% já tinham recorrido a algum tratamento antes da internação na ala. A mãe é a principal pessoa que mais acompanha os filhos nos internamentos. O comportamento sexual esteve mais associado ao de risco, com início precoce de atividade sexual, cuja prática é com parceiros diferentes, inclusive se prostituindo. E, da amostra dos 400 prontuários, 40 eram meninas, e, destas, 12 já tinham engravidado uma ou mais de uma vez.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais}, note = {Centro de Ciências Humanas e Sociais} }