@PHDTHESIS{ 2018:1099949175, title = {Imagens Poéticas e Decolonização na Obra de Violeta Parra}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3669", abstract = "A pesquisa ora apresentada focaliza-se em reflexões e análise envolvendo o tema Imagens Poéticas e Decolonização na Obra de Violeta Parra. A partir de estudos e do conhecimento empírico sobre a temática despontaram-se alguns questionamentos que se destacaram como norteadores desta investigação: Quais os desdobramentos gerados na vida e obra de Violeta Parra, devido ao projeto pessoal de recopilação e edição das obras inéditas da tradição popular chilena? Quais ressonâncias que a obra de Violeta Parra desencadeia no âmbito cultural e artístico da América Latina na contemporaneidade? E qual a importância da obra de Violeta Parra para os processos de decolonização cultural e epistemológica do Chile e América Latina? A pesquisa mostra que a arte de Violeta Parra é expressão de uma artista emancipada, que possui uma poética decolonial própria, a qual transgride as normas eurocêntricas por meio de sua criação, cuja opção poética guia-se pela resistência política diante das questões transplantadas da Europa para América Latina, acentadas no capitalismo, patriarcalismo e colonialismo. Destaca-se, neste estudo, a atitude consciente e intencional da artista, por emancipar e agenciar a cultura popular, criando sua própria obra, a qual se inscreve nas fronteiras da tradição popular e da tradição culta. A presente pesquisa elege como corpus de análise a obra poético-musical e iconográfica de Violeta Parra, a partir de um corte da obra completa. Na expressão poético-musical as Décimas. Autobiografia en versos (1970). Este poema de métrica popular dialoga com o restante do corpus de pesquisa, aparecendo ao longo de toda a análise. Da obra iconográfica de Violeta Parra, foram selecionadas as arpilleras La cantante calva (1960), Cristo en bikini (1964) e Árbol de la vida (1963). Do álbum poético-musical intitulado Últimas Composiciones de Violeta Parra (1966), foram selecionados os poemas-canção: ―Run-Run se fue pa´l norte‖, ―Volver a los 17‖ y ―Gracias a la vida‖. Dos poemas-canção, de influencia mapuche, foram selecionadas, a composição para balé intitulada El Gavilán (1957), o lamento mapuche ―Qué he sacado con quererte‖(1963); a rogativa, ―Guillatun‖ (1964) e a invocação ―Arauco tiene una pena‖ (1963-64). O estudo analítico deste corpus busca demonstrar que a obra de Violeta Parra é expressão de uma arte decolonizadora, que se desenvolve como uma prerrogativa decolonial, cultural e epistemológica, cujos propósitos éticos e estéticos da autora eram emancipar a tradição popular do lastro da colonialidade/modernidade, fato que, indiretamente a transformou em uma das mais importantes precursoras da Arte Contemporânea Latino-Americana. Trata-se de uma pesquisa pautada nos pressupostos dos estudos comparados em literatura e outras artes, do tipo pesquisa bibliográfica qualitativa. Dão suporte teórico crítico para às reflexões e análises aqui apresentadas, teóricos da vertente pós-colonial latino-americana, a exemplo de Walter Mignolo (2003; 2009), Anibal Quijano (1990;1992; 2009), Adolfo Colombres (2007), Jesús Martín Barbero (1991), Martin Lienhard (2011) Como antecedentes estudiosos da cultura e poesia popular chilena, a exemplo de Juan Uribe Echeverría (1974), Rodolfo Lenz (1918) e Maximiano Trapero (2002) e os estudos de pesquisadores contemporâneos que analisam a obra de Violeta Parra, tais como Bernardo Subercaseaux (1982), Paula Miranda (2014; 2016; 2017) e Fernando Sáez (2012).", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Letras}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }