@MASTERSTHESIS{ 2018:894383967, title = {Revisão sistemática do tratamento farmacológico de pacientes com transtorno do déficit de atenção com hiperatividade associado ao transtorno de ansiedade}, year = {2018}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3660", abstract = "O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é definido como um quadro persistente de desatenção e/ou hiperatividade/impulsividade que promove interferências no desenvolvimento do indivíduo. Estima-se que entre 65 a 89% dos pacientes adultos com TDAH sofram um ou mais transtornos psiquiátricos ao longo da vida. Esta alta porcentagem de comorbidades também é semelhante na população infantil, onde o TDAH pode estar associado com outros distúrbios em 60-100% dos casos. Um dos transtornos frequentemente associados é a ansiedade, a qual atinge taxas próximas a 25% em muitas amostras de pacientes com TDAH. As terapias consideradas de primeira linha para o tratamento do TDAH e para o Transtorno de ansiedade (TA) de forma isolada estão relativamente bem estabelecidas, por meio da utilização de estimulantes e terapia cognitivo-comportamental, respectivamente. Porém, as evidências sobre o tratamento mais apropriado para quando ambos os transtornos estão presentes são bastante controversas. Objetivos: Realizar revisão sistemática de literatura sobre as opções farmacológicas utilizadas no tratamento do TDAH associado ao TA com o intuito de gerar evidências sobre a opção terapêutica mais eficaz, segura e tolerável. Metodologia: A revisão sistemática foi realizada seguindo padrões metodológicos recomendados pelo Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA) nas bases de dados PubMed, Scopus e Directory of Open Access Journals em agosto de 2016 e por busca manual. Ensaios clínicos randomizados, duplo-cego com design paralelo que avaliavam desfechos de eficácia, segurança e/ou tolerabilidade foram considerados. A qualidade metodológica e o risco de viés dos estudos incluídos foram avaliados por meio da Escala de Jadad e pela ferramenta da Colaboração Cochrane. Dados relevantes de todos os estudos incluídos foram coletados utilizando formulário previamente elaborado. Nesta etapa, as informações pertinentes de cada estudo, segundo o objetivo do trabalho, foram extraídas e analisadas. Resultados: Um total de 1590 artigos foi encontrado nas bases de dados pesquisadas, 218 foram avaliados em texto completo para elegibilidade e, por fim, cinco estudos preencheram todos os critérios de inclusão e foram incluídos na revisão sistemática. Dois dos estudos incluídos utilizaram a atomoxetina comparada ao placebo, sendo que em um deles a população era composta por pacientes adultos e no outro pediátrica. A desipramina foi também um dos medicamentos utilizados, a qual foi estudada para tratar crianças de 6 a 17 anos. Os outros dois trabalhos incluídos utilizaram o metilfenidato como tratamento farmacológico de pacientes pediátricos, porém, em um deles, a fluvoxamina foi combinada ao metilfenidato. Em relação à qualidade metodológica, os estudos obtiveram pontuações de 3, 4 e 5 na escala de Jadad, sendo considerados de qualidade moderada a elevada, respectivamente. A análise do risco de viés verificou que 60% dos artigos receberam suporte da indústria farmacêutica e, por isso, foram classificados com um alto risco de viés no domínio “Outros vieses”. Todos os estudos nos domínios “Cegamento dos participantes e profissionais” e “Cegamento dos avaliadores do desfecho” apresentaram baixo risco de viés. Em relação ao domínio “Desfechos incompletos”,80% obtiveram baixo e 20% alto risco de viés. A “Geração da sequência aleatória”, “Ocultação da alocação” e “Relato de desfecho seletivo” obtiveram as seguintes proporções de baixo vs incerto risco de viés: 60% vs 40%, 20% vs 80% e 60% vs 40%. Devido à alta heterogeneidade dos estudos elegíveis, não foi possível combinar os resultados para geração de meta-análises. Isso ocorreu principalmente pela diversidade de medicamentos estudados e pela disparidade entre as medidas de desfecho empregadas. Conclusões: Embora poucos estudos tenham sido encontrados, os resultados obtidos por meio desta revisão sistemática apontam para um benefício mais expressivo da atomoxetina no tratamento do TDAH com TA, tanto por ter sido estudada em faixa etária mais abrangente bem como por escalas mais específicas de avaliação para ambos os transtornos terem sido utilizadas. Não é possível afirmar que a atomoxetina é superior às demais opções farmacológicas e apenas ensaios clínicos maiores poderão responder a esta questão.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas}, note = {Centro de Ciências Médicas e Farmacêuticas} }