@MASTERSTHESIS{ 2013:456884304, title = {A relação entre o MST – PR e o Governo Roberto Requião: análise da politica da Escola Itinerante (2003-2010)}, year = {2013}, url = "http://tede.unioeste.br/handle/tede/3627", abstract = "Esta pesquisa objetiva analisar a relação que se estabeleceu entre o MST e o governo Requião na formulação de políticas educacionais do campo no Estado do Paraná (2003 a 2010). A problemática deste estudo situa-se em um contexto complexo da luta entre o Movimento e Estado, na qual as políticas sociais, em particular, as educacionais visam escamotear o caráter de classe do Estado burguês, assegurando a constante repetição das relações de produção na sociedade capitalista. Contraditoriamente, e no mesmo movimento, o acesso a políticas sociais como “direito” real evidencia a impossibilidade desta forma de Estado garantir o que “promete” em âmbito formal. Nesta realidade contraditória o MST vem afirmando, por meio da Educação do Campo, o direito a educação como condição humana, garantido, inclusive em condições de acampamento. É deste contexto que surge nossa questão de pesquisa; Como e que relações se estabeleceram entre MST – PR, a partir da constituição da Escola Itinerante, com o governo Requião? Dentro dessa questão central cabe também indagar; por que o Estado, e particularmente o Estado do Paraná, no governo Requião, permitiu essa forma de escola, sendo que ela se articula a objetivos contrários à lógica de controle, manutenção e dominação. Para responder a estas indagações buscamos nas obras de Lênin, Saes, Martorano, Neto, Caldart e Vendramini maior apropriação teórica acerca das categorias de estudo: Estado Burguês, Estado Brasileiro, Políticas de Governo, Política Social e Educação do Campo, que perpassam a análise do estudo em questão. Também nos empenhamos em situar o papel da Educação do Campo, do MST e da orientação política do governo Requião na constituição da Escola Itinerante do MST. Realizamos, ainda, pesquisa em documentos primários internos do MST e institucionais (da SEED), nos quais evidenciamos nuances na formulação e condução desta escola, que incorpora duas lógicas distintas, a manutenção e a transformação das relações sociais. Evidenciamos que a luta por Educação do Campo, desde sua especificidade, recoloca para a sociedade a histórica demanda da universalização da escola pública brasileira. Entendemos a Escola Itinerante como uma política de Educação do Campo conduzida pelo MST e SEED-PR, na qual o Movimento afirma na sua condução, autonomia política e pedagógica ao inseri-la como parte da organicidade dos acampamentos e exige que o Estado a reconheça como escola pública estatal. Assim, portanto, as relações entre MST-PR e os governos Requião, na constituição da Escola Itinerante no Paraná, foram marcadas por momentos de luta massiva, por conflitos e disputas de interesses entre Movimento e Estado e por espaços de negociações. O resultado dessa relação é uma escola possível nas condições de luta possíveis, o que demonstra que, mesmo ocupando as brechas ou os espaços estatais mediante a instituição da Coordenação da Educação do Campo durante os mandatos consecutivos do governo Requião, permanecia o entendimento do papel do Estado burguês, reafirmando, assim, seus objetivos e suas práticas orientadas no embate de forças. O resultado desta relação sintetiza as condições concretas da disputa que se estabelece, em última instância, em qualquer relação entre o Estado e o Movimento social.", publisher = {Universidade Estadual do Oeste do Paraná}, scholl = {Programa de Pós-Graduação em Educação}, note = {Centro de Educação, Comunicação e Artes} }